sexta-feira, 29 de abril de 2016

MTST planeja parar mais rodovias em protesto contra impeachment de Dilma

Apesar de o movimento negar ter agido com violência em qualquer momento, na tarde desta quinta-feira, dois manifestantes foram detidos


Por Agência Brasil
 
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) planeja um dia nacional de mobilizações antes da votação final do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado. Além da interrupção do tráfego em avenidas e rodovias de grandes cidades, apoiadores do governo planejam paralisações em locais de trabalho.
“São ações que vão envolver desde movimentos sociais, aí podem acontecer travamentos, e podem acontecer inclusive paralisações puxadas pelos sindicatos e centrais [sindicais]”, disse nesta quinta-feira (28) um dos coordenadores do MTST, Josué Rocha.
Mais cedo, os sem-teto fizeram manifestações em várias cidades contra o afastamento de Dilma. Na capital paulista, foram promovidos vários bloqueios ao tráfego de veículos em vias de grande circulação e também em rodovias de estado, totalizando 11 pontos.
Apesar de o movimento negar ter agido com violência em qualquer momento, na tarde de hoje, dois manifestantes foram detidos. Rocha reclamou da polícia pelas ações na Marginal Tietê e na Avenida Jacu-Pessêgo (zona leste).
“Nós tivemos recentemente o travamento da Avenida Paulista por mais de 24 horas por 20 pessoas, com um tipo de tratamento muito diferente que foi dado aos nossos movimentos”, comparou.
Ele se referiu ao dia 16 de março, quando opositores ao governo ocuparam a Avenida Paulista em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. A PM tentou negociar para que as faixas exclusivas de ônibus fossem liberadas. Mas o protesto só foi encerrado na manhã seguinte, depois que a polícia usou jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo.
As ações de hoje foram, segundo o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, uma resposta às ameaças aos direitos sociais que vem junto com o processo de impeachment. “O que ocorreu hoje foi uma primeira resposta à escalada golpista no Brasil que tem a ver não apenas com o processo político do impeachment, mas o que está vindo junto do ponto de vista de agenda econômica e social”, ressaltou.

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