quarta-feira, 14 de março de 2012

Tribunal de Justiça de São Paulo deve julgar, nesta quarta-feira (14), o recurso em que a defesa de Mizael Bispo pede a anulação do júri popular

O Tribunal de Justiça de São Paulo deve julgar, nesta quarta-feira (14), o recurso em que a defesa de Mizael Bispo pede a anulação do júri popular do policial militar reformado e advogado acusado de matar a advogada Mércia Nakashima. O crime ocorreu em 2010. Mizael está preso desde o dia 24 de fevereiro deste ano, quando se entregou à Justiça.

O julgamento do recurso está previsto para começar às 9h30 desta quarta, segundo o TJ-SP. Para o promotor que acompanha o caso, Rodrigo Merli, a defesa não deve conseguir a anulação do júri popular.

- Mesmo que eles recorram contra a decisão a ser proferida, é fato que os recursos não possuem efeito suspensivo e não impedem a designação do plenário, a não ser que consigam alguma medida liminar no STJ [Superior Tribunal de Justiça], ou no STF [Supremo Tribunal Federal], o que não acredito, até porque não interessa mais ao Mizael ficar recorrendo, uma vez que está preso. Recorrer agora é só prolongar a sua prisão.

Prisão especial
Após ter se entregado, a Justiça de São Paulo concedeu a Mizael o direito de ficar alojado em uma cela especial destinada a advogados, a sala de Estado-maior. A lei prevê que o espaço que abrigar esses profissionais tenha “instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), e, na sua falta, em prisão domiciliar”.

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De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), “a PM não somente dispõe da sala de Estado-maior, como ela já foi ocupada na custódia de vários presos que a solicitaram à Justiça”. Já teriam passado pelo local, o ex-juiz Rocha Mattos, o juiz Marco Antônio Tavares.

Mizael, porém, não quis ficar na sala que lhe foi reservada e preferiu continuar no presídio Romão Gomes, destinado a policiais militares. A defesa do acusado diz já ter feito o pedido para que seu cliente responda ao processo em liberdade ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Acusação

Mizael Bispo é acusado de ter assassinado sua ex-namorada em 2010. Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio daquele ano, depois de visitar a avó em Guarulhos. As últimas imagens dela em vida foram feitas pelo circuito interno do elevador do edifício do prédio em que a avó morava.

O corpo de Mércia foi encontrado no dia 11 de junho em uma represa de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. Ela foi reconhecida pelas roupas, sapatos e formato dos dedos. Um dia antes, o carro da advogada foi achado no mesmo local.

No dia 6 de dezembro de 2010, a Justiça mandou prender Mizael Bispo pelo crime. Ele passou mais de um ano foragido.

Fonte: R7

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