Foto: Agência Brasil
O Senado aprovou, nesta quarta-feira, por 41 votos a 33, o projeto 
que aumenta em 18 o número de deputados federais, levando o total de 513
 para 531. O aumento pode trazer um impacto anual de R$ 64,6 milhões, o 
que seria resolvido com o remanejamento de recursos já previstos no 
orçamento.
As composições de assembleias legislativas estaduais e a distribuição
 de emendas parlamentares também podem sofrer impacto pela alteração da 
composição da Câmara.
Veja como votaram os senadores do Rio Grande do Norte:
Rogério Marinho (RN) – Sim
Zenaide Maia (RN) – Não
PSDB
Styvenson Valentim (RN) – Sim
PT
Texto teve alterações
Uma emenda do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) estabeleceu que as 
despesas totais do mandato dos deputados não podem ter aumento na 
próxima legislatura. Outra emenda, do senador Beto Faro (PT-PA), impede 
que novos cálculos para questionamentos ao número total de deputados 
tenham outros critérios, que não os censos demográficos.
Diante da possibilidade de ver o texto ser aprovado com placar 
apertado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), deixou a 
presidência da sessão para votar de maneira favorável ao aumento de 
cadeiras. Minutos antes, a urgência para analisar o texto foi aprovada 
por 43 votos a 30.
— A avaliação de despesas já foi feita. Não vai acarretar em aumento 
de despesas. A Câmara fez um estudo sobre isso. O mais correto é fazer 
uma ampliação em vários estados — disse Alcolumbre sobre o texto, 
anteriormente.
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu, no ano 
passado, ser necessária uma revisão da distribuição de parlamentares por
 estado, de acordo com aumento populacional demonstrado no Censo 
Demográfico de 2022. Se fosse mantido o número de 513 deputados, com uma
 reorganização das cadeiras, estados como a Paraíba, estado do 
presidente da Câmara, Hugo Motta, e o Rio de Janeiro, do vice-presidente
 do Congresso, o deputado Altineu Côrtes (PL), poderiam perder espaço – 
hipótese que foi rejeitada pelas duas Casas.
A proposta aprovada, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), 
determinou que nenhum estado perderia cadeiras e novas vagas seriam 
criadas para atender à proporcionalidade.
A Câmara é composta de forma proporcional pelos representantes de 
cada estado e do Distrito Federal. Cada unidade da federação tem no 
mínimo oito e no máximo 70 deputados, a depender da sua população. 
Entretanto, alguns estados reclamam que o número não foi atualizado de 
acordo com as variações recentes no número de habitantes.
Um relatório feito pelo deputado Damião Feliciano (União-PB) apontou 
que o aumento de parlamentares terá um custo de R$ 64,6 milhões aos 
cofres públicos. O parecer aponta ainda que, de acordo com cálculos do 
governo, o orçamento de 2027 da Câmara já terá um reajuste suficiente 
para cobrir a despesa adicional.
O Globo