Em outra plantação, se tivesse chovido nos primeiros dias desse mês, o milho já estaria bem próximo de ser colhido. Seu João Rodrigues olha com tristeza a plantação de 1,5 hectare de milho. Por causa da estiagem a situação tem se agravado. “É uma tristeza grande. Se não chover logo, está tudo perdido”, desabafa.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab – a safra potiguar deve ter, esse ano, uma redução de 20%. No entanto, em alguns municípios a perda deve ser total. Em Mossoró, por exemplo, os agricultores não acreditam em colheita de feijão e milho, tão esperada no mês de junho.
Desejado por muitos que moram no litoral, por aqui o sol é visto com preocupação. O céu sem nuvens é sinal que a chuva está cada vez mais distante. Para o meteorologista José Espínola, a situação é complicada para quem está no campo.
“A partir de maio dificilmente deveremos ter chuva aqui. Até o dia 10 de maio, nós registramos somente 6,3 mm e a tendência é diminuir porque a Zona de Convergência Intertropical, que é o sistema que provoca as nossas chuvas, já está se afastando e a partir de agora a tendência é diminuir”, explica o meteorologista.
José Espínola mostra ainda que os gráficos que indicam como 2010 está escasso de chuvas. Nos últimos anos, só 2001 foi pior do que agora. Esse ano, choveu 43 mm. No ano passado, foram mais de 1.000 mm. A maior parte, nos cinco primeiros meses do ano.
Em Mossoró, mas de seis mil famílias de 133 comunidades dependem da lavoura para sobreviver. Com a falta de chuvas na região Oeste, a preocupação é que muitos passem por dificuldades. O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mossoró diz que a cultura do município é milho, feijão, jerimum e macaxeira e esse é o período que os agricultores têm a alimentação garantida em casa.
Fonte:INTERTV
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