Número corresponde a 88% do público-alvo de 92 milhões de
brasileiros. Municípios devem adotar estratégias locais para continuar
vacinando grupos que ainda estão com baixa cobertura
O
Brasil ultrapassou a meta de vacinar pelo menos 80% do público-alvo para
a estratégia de imunização contra a gripe H1N1. Até o dia 16, dos 92
milhões de pessoas nos grupos definidos como prioritários, 81 milhões já
haviam recebido a dose da vacina, de acordo com os dados informados
pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, o que representa uma
cobertura de 88%.
O total de pessoas imunizadas, até o momento,
corresponde a 42% da população brasileira. O dado coloca o Brasil na
condição de país que mais vacinou em termos de percentual da população
total, superando o índice alcançado por países como Estados Unidos
(26%), México (24%), Suíça (17%), Argentina (13%), Cuba (10%), França
(8%) e Alemanha (6%). A vacinação contra a gripe H1N1 é também a maior
já ocorrida no mundo, ultrapassando a vacinação contra a rubéola
realizada no país, que alcançou 67 milhões de pessoas, em 2008.
“Os
números mostram o sucesso da estratégia, uma vitória de todo o Sistema
Único de Saúde e da sociedade brasileira”, resume o ministro da Saúde,
José Gomes Temporão. Ele lembrou o envolvimento dos profissionais que
atenderam os grupos prioritários em mais de 36 mil salas de vacinação,
em todo o país. “Agradecemos o esforço e o empenho dos vacinadores de
todo o SUS, em cada um dos municípios brasileiros. Sem eles, o país não
teria alcançado esta marca”, avalia o ministro.
Nos grupos
populacionais específicos, a meta de vacinar pelo menos 80% do
público-alvo foi atingida entre doentes crônicos, crianças menores de 2
anos, adultos de 20 a 29 anos, trabalhadores de saúde e indígenas. Ainda
não atingiram a meta o grupo de adultos de 30 a 39 anos (70% de
cobertura), gestantes (73%) e crianças de 2 anos a menores de 5 (40% de
cobertura).
No caso das crianças menores de 5 anos, no entanto, a
estimativa é que a cobertura real seja muito maior. Isso porque muitas
delas podem ter se imunizado junto com a faixa etária dos menores de 2
anos, que atingiu 119% da cobertura. Além disso, parte das crianças
menores de cinco anos também foi vacinada na etapa de doentes crônicos.
Estima-se que cerca de 35% dos doentes crônicos de 2 a 9 anos estejam na
faixa entre 2 e 4 anos.
Em relação às gestantes, o índice
alcançado está dentro do esperado, pois o público-alvo foi calculado com
base na estimativa de nascimentos no SUS para todo o ano. O cálculo
inclui, portanto, gestantes que deram à luz antes da vacinação, as
mulheres que vão engravidar após a vacinação e as gestações que não
chegaram ao fim.
O Ministério da Saúde recomenda que os
municípios adotem estratégias, de acordo com a realidade local, para
continuar vacinando os grupos que ainda estão com baixa cobertura.
COBERTURA
DA VACINAÇÃO POR ESTADOS
CASOS
EM 2010 – Desde janeiro deste ano, foram registradas 609
internações e 74 mortes em decorrência da gripe H1N1, com redução do
número de casos graves confirmados e mortes desde o mês de março, até 5
de junho. Entre os casos graves hospitalizados, 52% tinham pelo menos um
fator de risco; entre os óbitos, o índice foi de 61%.
Em 2009,
dos 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em doentes crônicos.
Entre as grávidas, a mortalidade foi 50% maior do que na população
geral. Adultos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos concentraram 20% e 22%
dos óbitos, respectivamente. A maior taxa de incidência da doença foi em
crianças menores de 2 anos (59 casos por 100 mil habitantes), enquanto a
terceira maior taxa foi em crianças de 2 a 5 anos (24 casos/100 mil
hab.) – a segunda foi entre adultos de 20 a 29 anos (31/100 mil hab.)
Do portal da saúde
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