• O Brasil interrompeu a circulação autóctone do sarampo em 2000. Todos
os casos que têm sido registrados nesses últimos dez anos são
importados, como ocorre em outros países das Américas que já eliminaram a
doença, como Estados Unidos e Canadá.
• Isso vale também para
os recentes casos investigados, cujas evidências apontam que são
pacientes infectados fora do país ou contaminados por estrangeiros que
vieram ao Brasil.
• A presença de casos importados é esperada
pela vigilância em saúde, mesmo após a eliminação do vírus no Brasil,
devido ao grande fluxo de pessoas que vêm de países onde a doença ainda
existe, como alguns países da Europa, Ásia e África.
• Foi o que
ocorreu no Estado do Pará. No início de agosto deste ano, foram
confirmados três casos importados de sarampo no Pará, pertencentes ao
mesmo núcleo familiar. Os três irmãos não foram vacinados contra a
doença. Segundo análise genética, o vírus é similar aos dos surtos
registrados na Inglaterra, França, Itália e Holanda.
• No Rio
Grande do Sul, dois irmãos, de 11 e 12 anos, apresentaram sintomas de
sarampo. Eles estiveram com a família em Buenos Aires, de 22 a 28 de
julho. Nesse período, foram confirmados na capital da Argentina três
casos de sarampo, em pessoas que relataram viagem recente à África do
Sul, segundo o Ministério da Saúde do país vizinho. De acordo com a
família, os irmãos não foram vacinados por serem alérgicos a ovo.
• Portanto são casos isolados, importados, que foram imediatamente detectados pela vigilância em saúde brasileira.
• Como sempre ocorre na notificação dos casos de sarampo, o Ministério da Saúde reforçou as seguintes orientações:
- Vigilância para identificação de ocorrência de novos casos suspeitos;
- Notificação imediata, em até 24 horas, à Secretaria Municipal de Saúde;
- Coleta de sangue e amostras para identificação viral;
-
Busca ativa de casos suspeitos não notificados nas unidades de saúde
públicas e privadas (hospitais, unidades básicas, laboratórios, clínicas
etc.);
- Avaliação de cobertura vacinal.
• Essa
recomendação tem sido reforçada pelas secretarias de saúde estaduais e
locais, como nota divulgada nesta sexta-feira pela Secretaria Estadual
de Saúde da Bahia, visando a detecção de casos que tenham sintomas
compatíveis com a doença e imediata investigação. Esta conduta é rotina
da vigilância epidemiológica e tem permitido a exclusão de casos com
quadro semelhante, como dengue, herpes e outras infecções.
• À
exceção do Pará e Rio Grande do Sul não há nenhum outro Estado que
esteja com registro atual de caso suspeito de sarampo, considerando a
presença de sintomas e sorologia compatíveis.
• A identificação
dos casos recentes demonstra que a vigilância epidemiológica tem mantido
uma elevada sensibilidade para detecção de casos importados.
• A
vacinação contra a doença faz parte do calendário de rotina da criança,
com cobertura vacinal acima de 99%, o que assegura uma proteção contra a
reintrodução da doença no país.
• Além disso, em 2008, 67,9
milhões de crianças, jovens e adultos foram vacinados contra a doença
durante a Mobilização Nacional para a Eliminação da Rubéola e da
Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), já que a vacina utilizada no Brasil
protege também contra sarampo.
• O Ministério da Saúde reitera
que todas essas medidas são de rotina, adotadas por todos os países que
ja alcançaram a eliminação e visa assegurar sua manutenção.
Do Portal da Saúde
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