Mesmo sendo fácil de tratar, muita gente ainda sofre com a halitose e
passa por perturbações na vida pessoal e no trabalho por causa do
problema
A halitose pode alterar a vida social, familiar e até mesmo de trabalho
de uma pessoa. A presença do mau hálito, mesmo não tendo grandes efeitos
clínicos para a pessoa, pode, na maioria das vezes, provocar sérios
prejuízos psicossociais: insegurança ao se aproximar das pessoas,
depressão, dificuldade em estabelecer relações amorosas, resistência ao
sorriso, ansiedade e baixo desempenho profissional são algumas de suas
conseqüências relatadas por pessoas que sofrem ou sofreram com o
problema.
O cirurgião-dentista Sílvio Brandão, do Hospital Federal Cardoso Fontes,
do Rio de Janeiro, explica que para iniciar o tratamento contra o mau
hálito é preciso descobrir primeiro a causa, pois o problema pode ser
originado por diversos fatores bucais e não bucais. "As causas podem ser
problemas bucais e não bucais. Ao perceber que tem mau hálito, a pessoa
deve procurar o dentista, que poderá identificar se a causa é cárie,
doença periodontal, alguma lesão na boca, uma higiene oral deficiente,
até casos de neoplasia e algum tipo de câncer pode provocar halitose.
Mas também pode não ser bucal. Pode ser, por exemplo, uma sinusite, uma
amigdalite, uma faringite, uma rinite. Então o dentista vai te orientar a
procurar um profissional especializado”, explica Sílvio.
O especialista acrescenta que para evitar a halitose é importante também
fazer a higienização correta da boca, principalmente da língua. A
prevenção é a medida mais importante no caso do mau hálito. Ele
recomenda cuidado com a higiene bucal. "Assim que a pessoa se alimentar
deve fazer a sua escovação, usar fio-dental e não esquecer a língua. O
ideal é que tudo isso seja feito logo após a refeição, sem deixar que
passe mais que vinte minutos.”, completa.
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