Profissionais da área garantem que número de pacientes com a doença tem crescido no hospital Giselda Trigueiro Foto:Carlos Santos/DN/D.A Press |
Segundo a infectologista,essa subnotificação está "aparecendo" em outros hospitais como, por exemplo, o Walfredo Gurgel, maior pronto-socorro do estado, que não é especializado na área, mas registrou em quatro meses (fevereiro a maio deste ano) 15 casos da doença. "As pessoas foram para o Walfredo passando mal e saíram de lá com o diagnóstico de que eram portadoras da Aids", alerta.
Essa subnotificação, segundo a infectologista, prejudica o estado porque não é possível saber o total de pessoas portadoras do vírus HIV e promover um trabalho diferenciado. "Percebemos que muitos desses pacientes são portadores do vírus há muitos anos e continuam disseminando a doença. Isso é um perigo é importante que seja feito um trabalho com essas pessoas", destacou a médica.
Tereza explica que apenas doenças como tuberculose e sífilis congênita devem ser informadas no boletim, mesmo que o paciente esteja bem. "Um portador de Aids pode ser notificado pela tuberculose, mas não pela própria Aids. Isso só vai ocorrer quando o quadro dele se alterar ou começar a tomar o coquetel", informa infectologista.
Com o objetivo de suprir essa e outras carências, a Casa de Apoio às Pessoas Vivendo com Aids está promovendo uma campanha de conscietização sobre o crescimento dos números da doença no RN. "O evento é uma forma de chamar atenção para a importância do sexo seguro e um alerta para as pessoas realizarem o exame específico e iniciarem o tratamento para viver de maneira tranquila com a Aids", disse o presidente da Casa, Marcos Belarmino.
A campanha da Casa de Apoio às Pessoas Vivendo com Aids que está sendo realizada na rua Morena, no bairro Cidade da Esperança.
DN
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