sexta-feira, 10 de junho de 2011

Projeto Doe Vida vai conscientizar população no interior do RN

Depois do êxito na primeira captação múltipla de órgãos realizada no sábado (04) no Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró, será apresentado nesta sexta-feira, 10, o projeto Doe Vida, na cidade de Areia Branca. O encontro começa às oito meia da manhã, com seis palestras simultâneas em várias escolas do Município.
 
Quinze alunos de Medicina da UERN se dividirão em equipes para ministrar os conteúdos sobre doação de órgãos. Duas enfermeiras da equipe de Captação de Órgão do Hospital Tarcísio Maia além de médicos e a própria Coordenadora do Projeto Dra. Elizabeth Carrillo, abordarão o assunto junto aos profissionais de saúde.
 
A iniciativa de começar por Areia Branca foi do aluno Marcos Antônio de Souza, do segundo período de Medicina, que faz parte do projeto. Ele é natural da cidade e foi o responsável, juntamente com a estudante Tarcila de Casta, também do segundo período, por todo o planejamento dessa ação, com distribuição de cartazes, visita as comunidades e meios de comunicação. A segunda ação do projeto ainda não está marcada, mas já tem o município beneficiado, Umarizal.
 
“Serão atividades que vão durar todo o dia, envolvendo a comunidade e colaboradores das unidades de saúde. Vamos tirar dúvidas e conscientizar melhor a população sobre a doação de órgão. Vamos mobilizar toda a região Oeste para que o Estado avance cada vez mais no ranking de coleta de órgãos”, disse a coordenadora da Central de Transplantes de Mossoró, Elizabeth Carrillo. Atualmente do RN é o 3º Estado do país e o primeiro do Nordeste na coleta de órgãos.
 
O Doe Vida é um projeto de extensão na Faculdade de Medicina da UERN apresentado em 2010 pela professora Elizabeth Carrillo e que começa a sair do papel. O projeto propõe-se a realizar campanhas educacionais, de caráter permanente, sobre doação de órgãos e tecidos estabelecendo maior vínculo com a comunidade, garantindo transmissão de informação e desmistificação acerca do assunto.
 
Além disso, a Coordenadora da Central de Transplantes de Mossoró tem uma idéia mais ambiciosa. Ela estuda a implantação de uma disciplina de Doação de Órgãos na grade curricular das escolas públicas e privadas do País, com alunos a partir dos 10 anos, já que no próprio Sistema de Ensino se estuda a disciplina de Ciências e Biologia onde é abordado o corpo humano. Assim, as crianças já cresceriam com uma consciência mais qualificada para o assunto.
 
Para atender a esse objetivo, pretende-se informar, conscientizar e sensibilizar os trabalhadores da saúde, pacientes, alunos do ensino fundamental ao superior e comunidade sobre temas relacionados a transplante e doação de órgãos, através de estratégia comunicacional que visa consolidar e fortalecer representantes sociais multiplicadores da mensagem da doação de órgãos.
 
Através de palestras são abordados todos os aspectos que envolvem a doação de um órgão, desde os exames preliminares, a constatação da morte encefálica até para onde e para quem está sendo destinado. Tornar a informação o mais claro possível ajuda no discernimento da família em tomar a decisão de doar.
 
Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar sua família do desejo da doação. A doação de órgãos só acontece depois da autorização do familiar.

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