Allan Darlyson
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Flávio Azevedo, rebateu ontem, em entrevista coletiva, as críticas do secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado, Paulo de Tarso Fernandes, direcionadas à entidade, publicadas em entrevista exclusiva a O Poti/Diário de Natal do último domingo. "Esta instituição foi acusada de forma equivocada de ser contra o desenvolvimento do estado. A acusação beirou o ridículo", declarou.
Ao comentar as críticas de Paulo de Tarso ao fato de a Fiern ter se posicionado contra o Proimport (projeto proposto pelo governo e derrubado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa que previa incentivos fiscais para produtos importados pelo porto de Natal), Azevedo enfatizou que, além de inconstitucional, o projeto não beneficiaria o Estado. "O secretário cometeu um enorme equívoco. O Proimport era um atentado ao desenvolvimento do Rio Grande do Norte", avaliou.
Para Azevedo, o secretário "cometeu um enorme equívoco" e foi "infeliz" ao insinuar "vassalagem" da entidade à CNI Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press |
Flávio Azevedo também criticou a estrutura do porto de Natal. O empresário sugeriu que, em vez de incentivar a importação, o governo invista no local. "O porto de Natal mudará quando tiver a estrutura mínima necessária para funcionar", frisou. Ele também rejeitou o termo "lobby" usado por Paulo de Tarso para definir a suposta pressão da Fiern para a rejeição do projeto na CCJ. "O comentário foi depreciativo para a Assembleia, que não merecia ser tratada assim. Os deputados cumpriram um preceito constitucional. O Superior Tribunal Federal (STF) jáhavia se posicionado contra projetos similares", exemplificou.
Para Azevedo, Paulo de Tarso também foi infeliz ao dizer que a Fiern representa os interesses das indústrias de estados sul e sudeste, em detrimento das empresas do Nordeste. "Dizer que a Fiern é caudatária da CNI (Confederação Nacional das Indústrias) é pleonasmo. Mas, ele usou o termo caudatária de modo pejorativo, insinuando vassalagem. Tenho orgulho de participar da CNI, pois a entidade não representa os interesses das indústrias dos estados mais desenvolvidos, mas de todo o Brasil", afirmou.
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