sábado, 9 de julho de 2011

PRF prende falsificador de carteiras de estudante

Em uma abordagem de rotina realizada na madrugada de ontem nas proximidades do município de Currais Novos, policiais rodoviários federais acabaram descobrindo um esquema de venda ilegal de carteiras de estudante na região Seridó. No que pode ser chamado de golpe de sorte dos agentes, acabaram presos, na BR 427, que liga as cidades de Currais Novos e Acari, dois homens e apreendidas oito carteira de estudante falsificadas.

O primeiro a ser pego foi o mecânico Josielton de Medeiros, 27 anos, que ao ser abordado em sua motocicleta afirmou ser estudante universitário. Segundo informações da PRF, ao ser questionado qual o curso frequentava, Josielton acabou caindo em contradição, pois enquanto a sua carteira apontava que o mecânico seria aluno de Química, o homem dizia estudar Física. Após ser "pego na mentira", resolveu confessar que teria comprado a carteira estudantil ilegalmente por R$ 15.


Suspeita é que formulários foram furtados para feitura dos documentos falsos Foto:PRF/Divulgação/D.A Press
O responsável pela confecção e venda ilegais da carteira apontado por Josielton seria José Josivan de Lucena, 32, que também acabou preso. Com o homem, funcionário da empresa Kalango Soluções, sediada em Currais Novos, mas que supria todo o Seridó, há quatro anos com a fabricação autorizada de carteiras estudantis, ainda foram encontradas mais sete carteiras confirmadas por Josivan como falsificadas. Segundo declarações de Josivan à PRF, os documentos seriam de pessoas que já não eram mais estudantes, mas adquiriam as carteiras junto a ele para continuarem possuindo o direito de meia entrada.

De acordo com um dos gerentes da Kalango Soluções, que não quis identificar-se à reportagem, Josivan teria, de certa maneira, roubado as carteiras da empresa. "Confesso que foi uma falha da segurança de nossa empresa. O Josivan conseguiu, de alguma forma, sair com as carteiras da empresa sem que fossem prestadas as contas pelo serviço", explicou o gerente.

A principal suspeita, segundo o gerente, seria de que Josivan tenha furtado os formulários que são destinados à feitura das carteiras para que fossem preenchidos ilegalmente. "As carteiras não são ilegais, mas passaram por todo o procedimento que devem passar, por isso a falha não foi identificada. O problema é que elas não passaram pela contabilidade da empresa e o dinheiro foi arrecadado por Josivan", afirmou um dos donos da empresa.

DN

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