sábado, 19 de novembro de 2011

Cresce o consumo de álcool pelas mulheres, aponta Ministério da Saúde

Uma pesquisa do Ministério da Saúde revela que o alcoolismo vem crescendo entre as mulheres.(foto arquivo). O estudo mostra também que elas estão bem mais propensas ao vício do que eles, quando se rendem ao primeiro gole.

Um perigo camuflado, o prazer que a bebida proporciona ao cérebro rapidamente mostra a sua outra face. Nas mulheres o efeito maléfico do álcool é ainda mais rápido, e o pior, a cada dia, elas estão tendo cada vez mais acesso a este tipo de droga, que é lícita.

A última pesquisa divulga pelo Ministério da Saúde prova em números que álcool já é considerado excesso para elas, a partir da quarta dose, enquanto que para eles são cinco ou mais. Não é que as mulheres são fracas para beber como costuma dizer a classe masculina. É que normalmente, o fígado feminino demora mais para metabolizar o álcool.

Coordenador do programa de saúde mental do estado, Adriano Araújo explica como o álcool age no corpo delas.

- A consequência do uso da substância é o mesmo para o homem e para a mulher, o que difere na verdade é a rapidez com que esse efeito se instala. Geralmente nas mulheres esses efeitos se instalam rapidamente devido a uma superfície corporal menor e a distribuição do álcool ser mais rápida nas mulheres – esclarece Adriano Araújo, coordenador do programa de saúde mental do estado.

O alcoolismo pode até causar transtornos mentais. Uma ex-dependente que prefere não ser identificada teve o primeiro contato com a bebida bem jovem.

- Aos 15 anos de idade, quando eu já não conseguia conciliar vida social, com escola, trabalho e as amizades. Eu já tinha um grupo de amigos bem diferenciado das pessoas da minha idade.

O grupo de Alcoólicos Anônimos foi quem a tirou do fundo do poço, como se referem a eles mesmos todos que frequentam a entidade. São muitas espalhadas pelo mundo, porém se aumentou o número de mulheres que bebem, elas tem pouca participação nos AAs, confirma um diretor da unidade de Natal.

- O alcoolismo doméstico ele é muito forte. Então a discriminação forte. Fica difícil delas assumirem que são alcoólatras. Infelizmente nossos grupos tem pouquíssimas companheiras. E as que tem a gente preserva com o maior carinho e atenção porque elas são as ferramentas para que a gente possa transmitir a mensagem a outras mulheres.

O mais difícil é admitir que precisa de ajuda, feito isso o primeiro passo foi dado.

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