Este foi o primeiro ano de mandato da
primeira presidente mulher da história do nosso país. Portanto, foi um
ano marcado pela participação das mulheres no poder. Selecionamos dez
representantes de destaque, ou por ações positivas, ou por participações
em escândalos. O aumento na presença feminina na política é tanto que a
lista poderia ser bem maior. Confira as “top 10” abaixo:
1. Dilma Rousseff
FabioPozzebom/ABr
O primeiro ano da presidente foi marcado pelas crises nos
ministérios, que causaram seis demissões de ministros: Antonio Palocci
(Casa Civil); Alfredo Nascimento (Transportes); Nelson Jobim (Defesa);
Wagner Rossi (Agricultura); Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva
(Esportes).
Tais demissões renderam a Dilma o apelido de “faxineira” do Planalto.
Mas 2011 não foi um ano ruim para a presidente Dilma. Vale lembrar
que, apesar de as notícias sobre corrução serem o assunto mais lembrado
pelos eleitores na última pesquisa CNI/Ibope, elas não afetaram a
avaliação do governo Dilma, ao contrário, sua aprovação aumentou.
2. Gleisi Hoffmann
Wilson Dias/ABr
Considerada um dos principais nomes do governo de Dilma Rousseff,
assumiu a Casa Civil em junho, após a saída de Antonio Palocci.
Gleisi foi acusada de usufruir do mesmo avião usado pelo marido – o
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo – durante sua pré-campanha
para o Senado. No entanto, ela se manteve firme no cargo após rebater as
acusações.
3. Ideli Salvatti
José Cruz/ABr
Outra mulher forte da confiança de Dilma, a senadora por Santa
Catarina havia assumido no início do ano o Ministério da Pesca. No
entanto, em junho, ela passou para um cargo mais importante
politicamente, a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela
articulação política do governo junto ao Congresso.
Sua capacidade de negociação foi questionada pelo ministro Nelson
Jobim, que disse que ela era “fraquinha” e que a ministra Gleisi
Hoffmann “nem conhecia Brasília”. Jobim acabou perdendo o cargo por
conta das declarações.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), retrucou a frase de
uma forma bem-humorada: “Essa declaração não combina com a ministra
Ideli porque ela é até bem gordinha, não é bem fraquinha”.
4. Ex-primeira-dama de Campinas
RogerioCapela/AAN/AE
Rosely Santos - esposa do ex-prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira
Santos, e ex-chefe de gabinete - é apontada pelo Ministério Público como
a chefe de um suposto esquema de fraudes em contratos da Sanasa
(Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento), empresa controlada
pela Prefeitura de Campinas. Atualmente, ela está sendo procurada pela
polícia e é considerada foragida.
5. Primeira-dama de Limeira
DennyCesary/FuturaPress
Já em Limeira, no interior de São Paulo, a mulher do prefeito,
Constância Félix, foi presa acusada de vários crimes: lavagem de
dinheiro, formação de quadrilha, sonegação fiscal, furto qualificado e
falsidade ideológica. Os valores da lavagem de dinheiro, segundo a
Promotoria, ultrapassam R$ 20 milhões.
6. Marina Silva
Divulgação
O início de 2011 foi marcado pelas especulações em torno do que faria
a ex-senadora Marina Silva com seu capital político de quase 20 milhões
de votos, conquistados durante a campanha presidencial, na qual acabou
em terceiro lugar.
Uma de suas principais ações no ano foi desvincular seu nome ao do PV
(Partido Verde). Em julho, ela anunciou sua saída da legenda. Ela está
articulando um movimento pela criação de um novo partido, mas por
enquanto ela ainda não criou uma nova sigla.
7. Ana de Hollanda
Wilson Dias/ABr
Famosa antes do governo Dilma principalmente como “a irmã de Chico
Buarque”, ela assumiu o Ministério da Cultura. Ela foi criticada por sua
gestão à frente da pasta e é uma das cotadas para perder o posto
durante a reforma ministerial do próximo ano.
Além disso, teve de lidar com uma polêmica envolvendo o suposto
recebimento de diárias em fins de semana no Rio de Janeiro, sem ter
compromissos oficiais marcados. Apesar de tudo, Ana de Hollanda se
mantém no cargo.
8. Rosinha Garotinho
Gerson Gomes/Divulgação
A ex-governadora e atual prefeita de Campos de Goytacazes, no norte
fluminense, teve o mandato cassado em setembro. Rosinha e seu vice são
acusados de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de
comunicação.
No entanto, o Tribunal Regional Eleitoral estendeu o prazo de uma
liminar que a mantém no cargo até o julgamento do recurso impetrado
contra a sua cassação.
Com isso, Rosinha continua à frente da prefeitura de Campos, seu reduto político.
9. Manuela D’Àvila
Valter Campanato/ABr
A parlamentar pelo PCdoB, terceira deputada mais votada no país – só
perdeu para Tiririca (PR) e Anthony Garotinho (PR) – foi cotada para
assumir o Ministério do Esporte no auge das denúncias contra o então
ministro Orlando Silva.
No entanto, quem permaneceu no cargo foi o deputado Aldo Rebelo, do
mesmo partido. Atualmente, Manuela articula sua pré-candidatura à
prefeitura da capital gaúcha, Porto Alegre.
10. Marinor Brito
Geraldo Magela/Agência Senado
A ex-senadora (Psol-PA) ficou famosa após quase sair no tapa com o
deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Ela perdeu a paciência quando o
parlamentar acusou o governo de estimular o homossexualismo. A confusão
ocorreu em meio a uma entrevista concedida pela senadora Marta Suplicy
(PT-SP).
A parlamentar, no entanto, perdeu a vaga no Senado para Jader
Barbalho, que recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tomar
posse depois de ter sido barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Band
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