terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Top 10: políticas que deram o que falar


Este foi o primeiro ano de mandato da primeira presidente mulher da história do nosso país. Portanto, foi um ano marcado pela participação das mulheres no poder. Selecionamos dez representantes de destaque, ou por ações positivas, ou por participações em escândalos. O aumento na presença feminina na política é tanto que a lista poderia ser bem maior. Confira as “top 10” abaixo:

1.     Dilma Rousseff

Dilma se saiu bem nas pesquisas em 2011
FabioPozzebom/ABr


O primeiro ano da presidente foi marcado pelas crises nos ministérios, que causaram seis demissões de ministros: Antonio Palocci (Casa Civil); Alfredo Nascimento (Transportes); Nelson Jobim (Defesa); Wagner Rossi (Agricultura); Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esportes). 

Tais demissões renderam a Dilma o apelido de “faxineira” do Planalto.

Mas 2011 não foi um ano ruim para a presidente Dilma. Vale lembrar que, apesar de as notícias sobre corrução serem o assunto mais lembrado pelos eleitores na última pesquisa CNI/Ibope, elas não afetaram a avaliação do governo Dilma, ao contrário, sua aprovação aumentou.

2.     Gleisi Hoffmann
gleisi hoffmann
Wilson Dias/ABr
 
Considerada um dos principais nomes do governo de Dilma Rousseff, assumiu a Casa Civil em junho, após a saída de Antonio Palocci.
Gleisi foi acusada de usufruir do mesmo avião usado pelo marido – o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo – durante sua pré-campanha para o Senado. No entanto, ela se manteve firme no cargo após rebater as acusações.

3.     Ideli Salvatti



Ideli Salvati
José Cruz/ABr


Outra mulher forte da confiança de Dilma, a senadora por Santa Catarina havia assumido no início do ano o Ministério da Pesca. No entanto, em junho, ela passou para um cargo mais importante politicamente, a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo junto ao Congresso.

Sua capacidade de negociação foi questionada pelo ministro Nelson Jobim, que disse que ela era “fraquinha” e que a ministra Gleisi Hoffmann “nem conhecia Brasília”. Jobim acabou perdendo o cargo por conta das declarações.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), retrucou a frase de uma forma bem-humorada: “Essa declaração não combina com a ministra Ideli porque ela é até bem gordinha, não é bem fraquinha”.

4.     Ex-primeira-dama de Campinas

Rosely Santos ex-primeira dama de Campinas
RogerioCapela/AAN/AE


Rosely Santos - esposa do ex-prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, e ex-chefe de gabinete - é apontada pelo Ministério Público como a chefe de um suposto esquema de fraudes em contratos da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento), empresa controlada pela Prefeitura de Campinas. Atualmente, ela está sendo procurada pela polícia e é considerada foragida.

5.     Primeira-dama de Limeira

Constância Félix
DennyCesary/FuturaPress

Já em Limeira, no interior de São Paulo, a mulher do prefeito, Constância Félix, foi presa acusada de vários crimes: lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, sonegação fiscal, furto qualificado e falsidade ideológica. Os valores da lavagem de dinheiro, segundo a Promotoria, ultrapassam R$ 20 milhões.

6.     Marina Silva

Marina Silva
Divulgação

O início de 2011 foi marcado pelas especulações em torno do que faria a ex-senadora Marina Silva com seu capital político de quase 20 milhões de votos, conquistados durante a campanha presidencial, na qual acabou em terceiro lugar.


Uma de suas principais ações no ano foi desvincular seu nome ao do PV (Partido Verde). Em julho, ela anunciou sua saída da legenda. Ela está articulando um movimento pela criação de um novo partido, mas por enquanto ela ainda não criou uma nova sigla.

7.     Ana de Hollanda

Ana de Hollanda
Wilson Dias/ABr

Famosa antes do governo Dilma principalmente como “a irmã de Chico Buarque”, ela assumiu o Ministério da Cultura. Ela foi criticada por sua gestão à frente da pasta e é uma das cotadas para perder o posto durante a reforma ministerial do próximo ano.

Além disso, teve de lidar com uma polêmica envolvendo o suposto recebimento de diárias em fins de semana no Rio de Janeiro, sem ter compromissos oficiais marcados. Apesar de tudo, Ana de Hollanda se mantém no cargo.

8.     Rosinha Garotinho

Rosinha Garotinho
Gerson Gomes/Divulgação

A ex-governadora e atual prefeita de Campos de Goytacazes, no norte fluminense, teve o mandato cassado em setembro. Rosinha e seu vice são acusados de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação.

No entanto, o Tribunal Regional Eleitoral estendeu o prazo de uma liminar que a mantém no cargo até o julgamento do recurso impetrado contra a sua cassação.

Com isso, Rosinha continua à frente da prefeitura de Campos, seu reduto político.

9.     Manuela D’Àvila

Manuela D Ávila
Valter Campanato/ABr

A parlamentar pelo PCdoB, terceira deputada mais votada no país – só perdeu para Tiririca (PR) e Anthony Garotinho (PR) – foi cotada para assumir o Ministério do Esporte no auge das denúncias contra o então ministro Orlando Silva.

No entanto, quem permaneceu no cargo foi o deputado Aldo Rebelo, do mesmo partido. Atualmente, Manuela articula sua pré-candidatura à prefeitura da capital gaúcha, Porto Alegre.

10.  Marinor Brito


Marinor Brito
Geraldo Magela/Agência Senado

A ex-senadora (Psol-PA) ficou famosa após quase sair no tapa com o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Ela perdeu a paciência quando o parlamentar acusou o governo de estimular o homossexualismo. A confusão ocorreu em meio a uma entrevista concedida pela senadora Marta Suplicy (PT-SP).

A parlamentar, no entanto, perdeu a vaga no Senado para Jader Barbalho, que recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tomar posse depois de ter sido barrado pela Lei da Ficha Limpa.

Band

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