Os suspeitos de participação no duplo homicídio da aposentada Olga
Cruz de Oliveira e sua filha Tatiana Cristina Cruz, no último dia 8 de
maio, em Nova Parnamirim foram ouvidos na tarde desta quarta-feira (16),
pela Polícia Civil. O pedreiro João Batista Caetano Alves, de 28 anos, a
sua esposa Marlene Eugênio Gomes, também de 28 anos, foram capturados
pela manhã, na cidade de São Gonçalo do Amarante, região metropolitana.
João Batista era o responsável pela obra
que ocorria no imóvel onde o crime aconteceu. Além dos dois acusados, a
nora de Marlene, Danuzia de Freitas Valcacio, de 22 anos também foi
presa. E dois menores, um de 13 anos e outro de 16 anos, filhos de
Marlene e que estavam com eles no momento da prisão, foram apreendidos
para prestar depoimentos. O mais novo, inclusive, estava com os João e
Marlene no dia do crime.
As oitivas foram conduzidas pelo delegado Correia Júnior, da
Delegacia Especializada na Defesa da Criança e Adolescente (DCA) e pela
delegada Patrícia de Melo Gama da Delegacia de Defesa da Mulher de
Parnamirim (DEAM) responsáveis pelas investigações sobre o caso.
Segundo Correia Júnior, os dois foram presos após denúncias anônimas
recebidas pela polícia quando o carro das vítimas foi encontrado naquela
cidade, no dia 10. “Hoje pela manhã recebemos uma informação de que
eles estariam na casa de Danuzia em São Gonçalo. Então, e a equipe da
Delegacia de Defesa a Propriedade de Veículos, a DEPROV, esteve no local
para efetuar o flagrante”, conta.
Ainda segundo o delegado, os depoimentos colhidos por meio da filha
de Tatiana, de 10 anos de idade, que sobreviveu ao atentado foram a peça
fundamental na identificação dos responsáveis. “As declarações da
menina foram confirmadas quando encontramos um currículo de João Batista
na residência das vítimas, e fomos até o local onde ele morava, em
Felipe Camarão”, diz.
Em seu depoimento na tarde de hoje, João Batista, disse que a
motivação do crime foi à raiva que sentia de Olga, pelas humilhações que
ele passava no seu serviço, dizendo que ela chegava a jogar o dinheiro
no chão para que ele pegasse. E por isso aproveitou o convite do serviço
de jardinagem na casa para matá-la. “Foram mais de 50 facadas em Olga, e cerca de 10 em Tatiana”, revela.
O pedreiro confirmou ter torturado Tatiana para que ela passasse a
senha de seus cartões, e que tentou matar a menina por asfixia
utilizando um travesseiro, mas que depois desistiu, pois tinha uma filha
de nove anos e não foi lá com a intenção de machucar a criança. E que
só que tinha feito para evitar que ela o reconhecesse depois.
Já Marlene disse que “João estava se preparando para fugir, pois
no sábado (12) havia ido a um terreiro e a mãe-de-santo lhe revelou que
os responsáveis pelo crime iriam ser presos”, conta.
João Batista Caetano Alves e Marlene Eugênio Gomes foram autuados em
flagrante por porte ilegal de armas (um revólver calibre 38), receptação
e formação de quadrilha. Eles serão indiciados pelos crimes de duplo
homicídio, tortura, latrocínio e tentativa de homicídio.
Já Danuzia de Freitas vai responder junto com o adolescente pelo
crime de receptação. Ela foi a responsável pelo saque do dinheiro das
vítimas e pela destruição do cartão de crédito para ocultar a prova.
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