Goleiro vai a júri popular no dia 19 de novembro

Belo Horizonte (AE) 
 O ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes deverá ser julgado no próximo dia 19 de novembro pela suposta participação no assassinato da modelo Eliza Samudio, ex-amante do jogador, desaparecida desde junho de 2010. A data para o júri popular, marcada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, foi divulgada ontem. O advogado do goleiro, Rui Pimenta, disse que Bruno foi informado da decisão e teria ficado "aliviado" com a possibilidade de um desfecho para o caso. "A sensação foi de alívio. Ele não aguenta mais essa situação. Não existe prova contra Bruno, tenho certeza de que ele vai sair direto do Fórum para rua", disse Pimenta.

Também vão a júri popular no mesmo dia mais quatro réus do processo - Marcos Aparecido dos Santos (Bola), acusado de ser o executor de Eliza; o amigo de Bruno, Luiz Henrique Romão (Macarrão); a ex-mulher do jogador, Dayane Souza; e sua ex-namorada, Fernanda Gomes.

O Fórum de Contagem, cidade onde o jogador está preso há quase dois anos, resolveu desmembrar o julgamento. Com a decisão, outros dois réus, Helenilson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza (Coxinha), ainda não têm data para serem julgados.

Ontem, a ex-mulher de Bruno, Dayane de Souza, prestou depoimento no processo em que é acusada de calúnia pelas delegadas Alessandra Wilke e Ana Maria Santos. Elas contestam a declaração de Dayane escrita em uma carta, na qual a acusada dizia estar sendo torturada. A ex de Bruno teria alegado, no depoimento, ter sido induzida por ex-advogados de defesa a escrever a carta, admitindo que forjou a história. O advogado Rui Pimenta, que também a defende, espera que o processo seja arquivado.

Bruno e os quatro réus que vão a júri popular em novembro respondem por crime de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Dayanne Rodrigues, ex-mulher do atleta; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; Elenílson Vítor da Silva, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador, serão julgados por sequestro e cárcere privado.