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Dois casos de raiva animal foram diagnosticados em menos de uma
semana no Rio Grande do Norte. O primeiro foi identificado no último dia
18, no município de Lajes Pintadas em um gato de rua, e o outro em
Natal, na última terça-feira (23), com um morcego infectado.
Neste segundo caso, o diagnóstico do morcego foi comprovado com
exames após a vítima, moradora do bairro das Rocas, ter levado o animal
consigo para o Hospital Giselda Trigueiro, onde procurou atendimento
após ser atacada por ele. Imediatamente a mulher foi examinada e
medicada e o morcego, encaminhado para o Laboratório de Raiva para o
exame da Imunofluorescência Direta, cujo resultado foi positivo.
De acordo com a subcoordenadora de Vigilância Ambiental (Suvam) da
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Iraci Nestor de Souza, a
atitude da vítima foi correta diante da situação, pois evitou que mais
pessoas fossem atacadas.
“Foi muito importante o que ela fez, e isso mostra que ela estava bem
informada quanto à doença e percebeu o risco. Ela foi cuidadosa ao
manter o morcego em um vidro fechado para não ter contato com ele. Essa é
a atitude mais indicada, pois a pessoa que perceber algum sinal
estranho no comportamento ou na saúde do animal deve estar atenta, e
quando atacada, se possível não deixá-lo escapar, para que não faça
outras vítimas e evite caso de raiva humana”, explicou.
Em 2010, o RN identificou 79 casos de raiva animal, em 2011 foram 31 e
em 2012, o número reduziu para 30 casos. Com esses diagnósticos
recentes de 2013, o Rio Grande do Norte já conta com três casos de raiva
animal nos quatro primeiros meses do ano, com o primeiro deles
identificado em um bovino, no mês de fevereiro. Apesar dos números,
nenhum caso de raiva humana foi diagnosticado pela Sesap.
Segundo Iraci Nestor de Souza, o número não é alarmante, mas mesmo
assim, a Secretaria irá intensificar as ações preventivas e a população
deve estar atenta. “Nos últimos anos, o número de diagnósticos de raiva
animal diminuiu consideravelmente, graças às campanhas de vacinação e ao
trabalho desempenhado pela Sesap e pelo Centro de Controle de Zoonoses.
Apesar de termos identificado poucos casos, vamos intensificar nossas
ações, levando informações à população sobre como identificar e o que
fazer caso seja vítima de um animal infectado. Queremos evitar que o
vírus da raiva seja transmitido ao homem, pois é melhor prevenir, já que
a morte é quase certeza nesses casos”, afirmou Iraci.
O último óbito por raiva registrado no Rio Grande do Norte foi em
2010, no município de Frutuoso Gomes, foi causado por um morcego que
atacou um agricultor, que por falta de conhecimento, não procurou
atendimento médico.
Para evitar os riscos, Iraci Nestor de Souza ressalta cuidados
importantes que a população deve tomar. “A raiva é transmitida por um
vírus. Então, qualquer contato, por menor que seja com um animal
infectado, e sua saliva, por exemplo, pode transmitir a doença. Por
isso, a população deve estar atenta a qualquer sinal de anormalidade,
seja em seus animais de estimação, ou até mesmo nos que encontram por
aí. Comportamento estranho, quietude seguida de agressividade,
dificuldade de alimentação e salivação excessiva são sinais que devem
ser observados”, disse.
Em caso de percepção de alguns desses sintomas, o animal deve ser
levado a um veterinário ou o Centro de Controle de Zoonoses pode ser
acionado para recolher o animal para exames médicos, através do
telefone: 3232-8235 ou 3232-8237.
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