Júnior Santos
Estudo revela que 80% do desperdício da Ceasa vai para o aterro e 20% serve de ração animal
As hortaliças estão entre os gêneros que corriqueiramente vão parar no cesto de lixo e grande parte desse desperdício é provocada pelos próprios comerciantes, segundo o grupo de estudantes. “Como as hortaliças duram apenas dois dias, o armazenamento inadequado contribui para o estrago”, explica Kathiene Lima, uma das integrantes do grupo.
Esse quadro, no entanto, não está restrito apenas ao Rio Grande do Norte e se repete em outros estados. Apesar de ser um grande produtor mundial, o Brasil está entre os países que mais desperdiçam alimento, ocupando a décima colocação no ranking. Um paradoxo frente a mais de 870 milhões de pessoas que passam fome em todo planeta, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
A pesquisa foi realizada pelas estudantes Marília Clementino, Géssica Teixeira, Jéssica Pontes, Raiane Medeiros, Clara de França, Júlia Bay, Thalita Félix, Kathiene Lima, Valessa Moura, Lyzandra Pereira, Vandeíza Medeiros e Larissa Gomes. Durante um mês, as alunas de Nutrição levantaram dados e informações sobre o assunto, como parte da disciplina Economia, disponibilizada no primeiro ano da grade curricular da graduação.
Elas constataram que 80% do desperdício da Ceasa vai para o aterro sanitário e 20% são utilizados como ração animal. Quando o assunto é cereal, os restaurantes, refeitórios e similares são os campeões em desperdício, sobretudo de arroz e feijão.
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