Alex Régis
Parque eólico no RN: o Estado é um dos maiores alvos de investimento no setor, mas há gargalos
Na avaliação da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico
(Sedec), o estado, que já foi líder em leilões passados, tem sido
prejudicado por falta de infraestrutura para transmissão da energia.
“Devido às restrições de escoamento a negociação desse potencial (do
estado) tem sido prejudicada”, afirmou, em nota. De acordo com a
secretaria, no caso deste leilão, o estado teve o desempenho afetado -
desde a fase de habilitação dos projetos - por uma nova regra que
condiciona o cadastro, entre outras coisas, à capacidade de escoamento
da energia. A regra foi estabelecida pelo governo federal após atrasos
em obras de linhas de transmissão, a cargo da Chesf, terem atrasado -
deixando parques eólicos prontos, mas ociosos, sem ter como escoar a
energia no RN e em outros estados.
fdamião
Parque eolico Ponta da Linha município de Bodó
“Como consequência desta medida (a nova regra) adotada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) - entidade que assessora o Ministério de Minas e Energia no planejamento energético do Brasil - o RN que havia cadastrado 113 projetos (2.776 MW), conseguiu habilitar apenas 41 destes projetos (980 MW), o que reduziu nossa competitividade para esse leilão, especificamente”, disse a Sedec, ressaltando que outros estados, como o Ceará e o Rio Grande do Sul, também foram negativamente impactados (veja o gráfico).
Liderança
Apesar de vir perdendo competitividade, o Rio Grande do Norte mantém a liderança no acumulado de todos os leilões realizados no país, com 2633.6 MW, o que corresponde a 31% de toda a energia eólica comercializada no Brasil, desde 2009. De acordo com projeção da Sedec, “o estado voltará à condição de protagonista em 2014, dentre os estados mais competitivos”.
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Parque eólico calango serra de santana
“Isso porque, ações do Governo do Estado - por meio da Sedec - com o apoio da bancada federal junto aos órgãos responsáveis pelo Planejamento da Transmissão,viabilizaram o processo de licitação das linhas de transmissão que fecharão o circuito de 500kV (quilovolts) no Nordeste. Recentemente essas linhas foram indicadas no planejamento da EPE, aprovadas pelo Ministério de Minas e Energia e agora constam no planejamento da Aneel para licitação no 1º semestre de 2014”, disse a Sedec, em nota. “A construção dessas novas linhas assegura a implantação de inúmeros projetos eólicos a médio e longo prazo e garante o crescimento sem sobressaltos do setor de energia renovável”, acrescentou.
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