Com atestado médico, a vereadora fica fora dos trabalhos e depoimentos da Casa Legislativa até o dia 10 de dezembro, segundo o gabinete parlamentar do PSTU
A vereadora de Natal, Amanda Gurgel, do PSTU, não está tendo uma vida
fácil na Câmara Municipal de Natal. São muitas as discussões, troca de
acusações, projetos e emendas barradas e, agora, denúncias no Conselho
de Ética da Casa. Por isso, não foi por acaso que a parlamentar, nesta
semana, apresentou junto à Mesa Diretora um atestado médico que a
permitirá ficar 15 afastadas dos trabalhos legislativos.
Ou seja: alegando “esgotamento físico”, Amanda Gurgel ficará fora dos
trabalhos legislativos até o dia 10 de dezembro (duas semanas antes do
início do recesso parlamentar). Fora dos trabalhos e, também, dos
depoimentos no Conselho de Ética da Casa. Afinal, a oitiva de Amanda na
denúncia feita pelo vereador Aroldo Alves, do PSDB, contra ela, estava
prevista para hoje (28), pela manhã. Porém, devido a essa
indisponibilidade, não foi feita.
“O processo está na fase de oitivas, que é primeira fase processual.
Vamos escutar Aroldo às 10h, contudo, Amanda apresentou um atestado de
15 dias e vou ter que reaprazar a oitiva dela e vai atrasar todo o
processo. Mas é assim mesmo”, afirmou o vereador Bertone Marinho,
presidente do Conselho de Ética.
A situação de esgotamento físico de Amanda – informação confirmada
pela chefia de gabinete da parlamentar – não é por acaso. Vereadora mais
votada em 2012, com 33 mil votos, Amanda tem enfrentado uma série de
debates na Câmara Municipal de Natal e, não raras às vezes, sofre também
com o que fala (ou acusa).
A denúncia feita por Aroldo Alves, por exemplo, é consequência disso.
No dia da votação sobre a bilhetagem única para o transporte coletivo,
alguns vereadores assinaram uma emenda que permitia ao Sindicato das
Empresas de Ônibus de Natal (Seturn) continuar a venda de passagens. A
emenda atrasou a votação e, ainda, causou reclamações dos motoristas de
transporte alternativo.
Foi aí que Amanda Gurgel foi para a internet e publicou um vídeo
afirmando que os vereadores que assinaram a emenda eram da “bancada do
Seturn”. Resultado: dia seguinte, Eudiane Macedo, Aroldo Alves, Adão
Eridan e Bertone Marinho reclamaram dela, acusando-a de denunciar sem
prova. Aroldo, até agora, foi o único que levou a situação a frente e a
denunciou no Conselho de Ética.
Além disso, Adão Eridan também tem um inquérito contra a vereadora.
Ela, Sandro Pimentel e Marcos Antônio, ambos do PSOL, pelas seguidas
declarações que, segundo Adão, teriam atingindo a honra dele. O
inquérito está na 1ª Delegacia de Polícia e deve ser levado ao juizado
especial.
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