Com pouco jogo de cintura no campo político, presidente tem participado ativamente da formação dos palanques regionais para as eleições de 2014
A
presidente Dilma Rousseff pretende usar cada vez mais o peso do cargo
para influenciar nas disputas regionais, principalmente nos Estados onde
os interesses locais não estão de acordo com as alianças que estão
sendo costuradas para a campanha à reeleição. A movimentação de Dilma
tem a orientação direta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do
presidente do PT, Rui Falcão, que têm comandado a interlocução entre a
presidente, o partido e aliados.
A ordem no PT é que as conversas precisam continuar sendo feitas pelos dirigentes nacionais do partido, mas que a campanha é de Dilma. Por isso, a orientação é para não abrir mão do simbolismo de suas visitas.
De acordo com petistas próximos de Dilma, ela tem demonstrado ter consciência das tarefas que precisa realizar para chegar à reeleição e, aos poucos, demonstra gosto pela política.
Um exemplo desta estratégia foi a visita da presidente a Santa Catarina, na última semana. Dilma ignorou as intenções do PT local, agora nas mãos do ex-deputado Cláudio Vignatti, de ter candidatura própria ao governo do estado, contra o governador Raimundo Colombo (PSB), candidato à reeleição.
Nas agendas ao lado de Colombo em São Francisco do Sul, Itajaí e Florianópolis, a presidente se esmerou nos elogios ao governador e houve declarações mútuas de apoio.
Composição
O PT já decidiu que as alianças estaduais que não condizem com o plano nacional de reeleição de Dilma terão que ser sacrificadas. Para isso, o partido pretende contar com a presença política de Dilma no processo de construção dos palanques locais.
No caso de Santa Catarina, por exemplo, o cenário ideal para a campanha nacional da presidente seria o PT disputar somente a vaga ao Senado.
Rio de Janeiro: PT adia saída do governo Cabral após intervenção de Lula
Neste contexto, Ideli Salvatti, Décio Lima e Vignatti seriam os nomes mais cota
dos para a disputa. O PMDB, partido com bom diálogo com o PT no âmbito local, disputaria a vaga de vice de Colombo, com o senador Luiz Henrique, que mantém um bom canal de diálogo com a ministra Ideli Salvatti.
As próximas movimentações de Dilma também dependerão das conversas políticas com os aliados. Conflitos na aliança prioritária entre PT e PMDB deverão demandar ações da presidente.
Conflitos
No Maranhão, por exemplo, o senador José Sarney (PMDB-AP) espera o apoio do PT ao seu indicado para a disputa do governo, o atual secretário de Infraestrutura, Luis Fernando Silva. No entanto, o PT local quer se engajar na candidatura de outro aliado de primeira hora, o atual presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).
O PMDB também exige de Dilma, no Ceará, que ela esteja de forma exclusiva no palanque do senador Eunício Oliveira (PMDB), candidato ao governo. No entanto, a presidente também tem compromisso com os irmãos Cid e Ciro Gomes, hoje filiados ao PROS, que permaneceram fiéis à base aliada, mesmo após o rompimento do PSB de Eduardo Campos com o Planalto.
Os irmãos Gomes pretendem lançar a candidatura da atual secretária de Educação do estado, Maria Izolda Cela de Arruda Coelho, ao governo. Parte do PT local ainda considera a possibilidade de lançar a candidatura da ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins.
A situação em Alagoas também terá que ser equacionada. Lá, o PT local, que tinha intenção em apoiar a candidatura do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), ao governo, se recusa a apoiar a candidatura do filho de Renan, o deputado Renan Filho. Nesse caso, a opção do partido da presidente Dilma Rousseff, seria a de se coligar com o PP e levar adiante a candidatura do senador Benedito de Lira (PP-AL).
No entanto, Renan teria conseguido o compromisso de Dilma em apoiar a candidatura de seu filho, após ameaças de colocar em votação, no Senado, um pedido de CPI da Copa do Mundo.
Em troca dos apoios nos três estados do Nordeste, o PMDB quer oferecer ao PT o apoio à candidatura do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ao governo de Minas Gerais.
Já no Rio de Janeiro, o PT nacional e o próprio Lula já contam como certa a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo, apesar da insistência do governador Sérgio Cabral (PMDB) em cobrar o compromisso do PT com a candidatura de seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Há precaução por parte de Dilma sobre como agir no Rio, já que a presidente deverá ter pelo menos mais dois palanques aliados no estado, considerando as intenções do ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), e do líder do PR, o deputado Anthony Garotinho, de também disputarem o governo.
A ordem no PT é que as conversas precisam continuar sendo feitas pelos dirigentes nacionais do partido, mas que a campanha é de Dilma. Por isso, a orientação é para não abrir mão do simbolismo de suas visitas.
De acordo com petistas próximos de Dilma, ela tem demonstrado ter consciência das tarefas que precisa realizar para chegar à reeleição e, aos poucos, demonstra gosto pela política.
Um exemplo desta estratégia foi a visita da presidente a Santa Catarina, na última semana. Dilma ignorou as intenções do PT local, agora nas mãos do ex-deputado Cláudio Vignatti, de ter candidatura própria ao governo do estado, contra o governador Raimundo Colombo (PSB), candidato à reeleição.
Nas agendas ao lado de Colombo em São Francisco do Sul, Itajaí e Florianópolis, a presidente se esmerou nos elogios ao governador e houve declarações mútuas de apoio.
Composição
O PT já decidiu que as alianças estaduais que não condizem com o plano nacional de reeleição de Dilma terão que ser sacrificadas. Para isso, o partido pretende contar com a presença política de Dilma no processo de construção dos palanques locais.
No caso de Santa Catarina, por exemplo, o cenário ideal para a campanha nacional da presidente seria o PT disputar somente a vaga ao Senado.
Rio de Janeiro: PT adia saída do governo Cabral após intervenção de Lula
Neste contexto, Ideli Salvatti, Décio Lima e Vignatti seriam os nomes mais cota
dos para a disputa. O PMDB, partido com bom diálogo com o PT no âmbito local, disputaria a vaga de vice de Colombo, com o senador Luiz Henrique, que mantém um bom canal de diálogo com a ministra Ideli Salvatti.
As próximas movimentações de Dilma também dependerão das conversas políticas com os aliados. Conflitos na aliança prioritária entre PT e PMDB deverão demandar ações da presidente.
Conflitos
No Maranhão, por exemplo, o senador José Sarney (PMDB-AP) espera o apoio do PT ao seu indicado para a disputa do governo, o atual secretário de Infraestrutura, Luis Fernando Silva. No entanto, o PT local quer se engajar na candidatura de outro aliado de primeira hora, o atual presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).
O PMDB também exige de Dilma, no Ceará, que ela esteja de forma exclusiva no palanque do senador Eunício Oliveira (PMDB), candidato ao governo. No entanto, a presidente também tem compromisso com os irmãos Cid e Ciro Gomes, hoje filiados ao PROS, que permaneceram fiéis à base aliada, mesmo após o rompimento do PSB de Eduardo Campos com o Planalto.
Os irmãos Gomes pretendem lançar a candidatura da atual secretária de Educação do estado, Maria Izolda Cela de Arruda Coelho, ao governo. Parte do PT local ainda considera a possibilidade de lançar a candidatura da ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins.
A situação em Alagoas também terá que ser equacionada. Lá, o PT local, que tinha intenção em apoiar a candidatura do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), ao governo, se recusa a apoiar a candidatura do filho de Renan, o deputado Renan Filho. Nesse caso, a opção do partido da presidente Dilma Rousseff, seria a de se coligar com o PP e levar adiante a candidatura do senador Benedito de Lira (PP-AL).
No entanto, Renan teria conseguido o compromisso de Dilma em apoiar a candidatura de seu filho, após ameaças de colocar em votação, no Senado, um pedido de CPI da Copa do Mundo.
Em troca dos apoios nos três estados do Nordeste, o PMDB quer oferecer ao PT o apoio à candidatura do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ao governo de Minas Gerais.
Já no Rio de Janeiro, o PT nacional e o próprio Lula já contam como certa a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo, apesar da insistência do governador Sérgio Cabral (PMDB) em cobrar o compromisso do PT com a candidatura de seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Há precaução por parte de Dilma sobre como agir no Rio, já que a presidente deverá ter pelo menos mais dois palanques aliados no estado, considerando as intenções do ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), e do líder do PR, o deputado Anthony Garotinho, de também disputarem o governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário