Ex-governadora prefere reserva à sugestão do senador Garibaldi Filho, que revelou intenção de compor aliança com ela.
A ex-governadora Wilma de Faria (PSB) reagiu com cautela à declaração
do ministro Garibaldi Filho, que ontem, ao portalnoar.com, revelou
disposição para relevar o passado de embates com a líder pessebista e
sinalizou possibilidade – e desejo – de aliança para 2014.
“Não acho que temos que detalhar essas questões [de embates
políticos]. Em campanha as pessoas dizem tudo. O mais importante é que
haja respeito. Não temos que ter mágoas. Temos que lutar pelo bem
comum”, declarou a líder do PSB.
A despeito disso, ela se mostrou satisfeita com a declaração de
Garibaldi. “Eu achei muito bom o ministro ter falado dessa forma. Ele
está pensando no futuro”, comentou.
Alçada à condição de candidata natural à sucessão da governadora
Rosalba Ciarlini, Wilma de Faria sabe do capital político que detém e
pretende utilizá-lo na hora que for conveniente, ou seja, quando a hora
de pensar em alianças chegar.
Como figura nas mensurações estatísticas como favorita ao Executivo,
se permite ser cortejada sem se inclinar aos afagos. ” O PMDB também faz
parte da oposição. Coloca-se abertura para o diálogo. Não posso tomar
essa decisão sozinha, mas a possibilidade de aliança é algo bom para a
democracia”, destacou, fazendo questão de realçar que suas declarações
se situam no campo da possibilidade.
Aliança
Em entrevista à reportagem do portalnoar.com, nesta segunda-feira
(2), Garibaldi foi taxativo quando indagado sobre aliança com Wilma.
“Acho que é viável”, respondeu de pronto o senador, licenciado para
ocupar o Ministério da Previdência Social, comentando logo em
seguida: “Vamos procurar fazer a mais ampla aliança possível. Não
podemos discriminar ninguém. Como vamos discriminar o PSB diante do
cenário de hoje, após os protestos de junhos? Não devemos encarar a
realidade com preocupação sobre o que houve no passado entre a
ex-governadora e eu”.
“Se quero aliança ampla, não posso ser movido por discriminação ou
por determinados confrontos. Tenho que ser movido pelo sentimento de que
estou deixando isso para trás, para encarar um grande desafio. Depois
de junho, o Brasil vive uma nova realidade. Discriminações não cabem
nessa visão”, considerou ainda.
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