Foi
encarado por muita gente como “ato falho”, ou seja, um pequeno deslize,
a forma com que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tratou a deputada
federal adversária Fátima Bezerra (PT), nessa sexta-feira (21), em
evento ocorrido em Natal.
No lançamento da ”Rede Simples”, no Sebrae, com a presença do
ministro Guilherme Afif Domingos, a governadora utilizou a primeira
pessoa do plural (nossa) para tratar a parlamentar, acrescentando uma
“nomeação” popular ao possessivo:
- (…) Quero cumprimentar aqui a mulher, Fátima Bezerra, nossa Senadora.
Ato falho?
De maneira alguma. Manifestação de tendência.
Rosalba vive um inferno astral como administradora e no campo
político. Transformou-se num estorvo para a maioria dos caciques, em
especial aqueles que a apoiaram na eleição ao Governo do Estado em 2010.
É pouco provável até que seja candidata à reeleição, por força de
questão judicial (inelegibilidade). Se insistir, não deve passar na
convenção do DEM, que botou como prioridade a eleição e reeleição de
seus candidatos à Assembleia Legislativa e Câmara Federal.
Por que, então, esse afago em Fátima Bezerra, sua adversária histórica?
Simples.
Simples.
Fátima concorrerá ao Senado da República, tendo como principal
dificuldade ao projeto, a concorrência da ex-governadora Wilma de Faria
(PSB).
A deputada (ou “senadora”, segundo Rosalba) é sua adversária. Wilma,
não. Transformou-se em inimiga política, imersa em picuinhas e troca de
ofensas veladas ou explícitas.
Carlos Santos
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