Sinal vermelho ligado! Morte por Aids no RN, volta a preocupar a saúde publica
Hum...! Olho vivo...!O Rio Grande do Norte é o Estado brasileiro onde o
número de óbitos em decorrência da Aids, mais cresceu nos últimos dez
anos. Entre 2002 e 2012, o Ministério da Saúde (MS) contabilizou um
avanço de 176,9% nas mortes entre pessoas com o vírus HIV. Os dados
fazem parte de um levantamento elaborado pela Faculdade Latino-Americana
de Ciências Sociais (Flacso). Os números apontam ainda que, em 2012, a
taxa de novos casos identificados no Estado era 12,6 para cada grupo de
100 mil habitantes. Para a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids da
secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap),Sônia Cristina Lins, há
apenas um fator que explica a evolução avassaladora da doença em terreno
potiguar: o diagnóstico tardio. “As pessoas não procuram orientação.
Não querem fazer o teste que aponta a presença do vírus. Quando
descobrem que são portadores do HIV, já é tarde. Reconheço que o número é
preocupante”, avaliou a tecnica. Ainda de acordo com Sônia Lins, a
descoberta da doença ocorre, na maioria dos casos, quando o paciente
procura uma unidade de saúde devido a outros problemas. “A notificação
ocorre, por exemplo, no hospital Walfredo Gurgel ou outra undiade de
saúde, quando a pessoa está com sintomas comuns a outras doenças. É
feito então a investigação do caso e descobre-se que o paciente é
portador do vírus”, disse ela. Se o RN lidera o ranking de aumento das
mortes provocadas pela doenças, outros Estados brasileiros apresentam
dados animadores. É o caso de São Paulo, onde houve redução em 32,3% de
óbitos em decorrência da Aids. Para Sônia Lins, o que diferencia o RN do
estado paulistano, não é a oferta de mais serviços de saúde, campanhas
de prevenção ou distribuição de medicamentos, é a tomada de consciência
da população. Apesar dos números, Sônia Cristina Lins alertou que os
dados podem não ser fidedignos. Isso ocorre porque nem sempre os
pacientes revelam a verdade quando entrevistados. “Temos os dados, mas
nem sempre se pode confiar. Muitas pessoas não se declaram homossexuais
quando questionados. Por isso, as estatísticas apontam a liderança dos
heterossexuais. Porém, os homossexuais ainda compõem o grupo mais
preocupante”, disse.
Fonte: Tribuna do Norte.
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