sexta-feira, 7 de março de 2014

Sinal vermelho ligado! Morte por Aids no RN, volta a preocupar a saúde publica


Hum...! Olho vivo...!O Rio Grande do Norte é o Estado brasileiro onde o número de óbitos em decorrência da Aids,  mais cresceu nos últimos dez anos. Entre 2002 e 2012, o Ministério da Saúde (MS) contabilizou um avanço de 176,9% nas mortes entre pessoas com o vírus HIV. Os dados fazem parte de um levantamento elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). Os números apontam ainda que, em 2012, a taxa de novos casos identificados no Estado era 12,6 para cada grupo de 100 mil habitantes. Para a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids da secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap),Sônia Cristina Lins,  há apenas um fator que explica a evolução avassaladora da doença em terreno potiguar: o diagnóstico tardio. “As pessoas não procuram orientação. Não querem fazer o teste que aponta a presença do vírus. Quando descobrem que são portadores do HIV, já é tarde. Reconheço que o número é preocupante”, avaliou a tecnica. Ainda de acordo com Sônia Lins, a descoberta da doença ocorre, na maioria dos casos, quando o paciente procura uma unidade de saúde devido a outros problemas. “A notificação ocorre, por exemplo, no hospital Walfredo Gurgel ou outra undiade de saúde,  quando a pessoa está com sintomas comuns a outras doenças. É feito então a investigação do caso e descobre-se que o  paciente é portador do vírus”, disse ela. Se o RN lidera o ranking de aumento das mortes provocadas pela doenças, outros Estados brasileiros apresentam dados animadores. É o caso de São Paulo, onde houve redução em 32,3% de óbitos em decorrência da Aids. Para Sônia Lins, o que diferencia o RN do estado paulistano,  não é a oferta de mais serviços de saúde, campanhas de prevenção ou distribuição de medicamentos, é a tomada de consciência da população. Apesar dos números, Sônia Cristina Lins alertou que os dados podem não ser fidedignos. Isso ocorre porque nem sempre os pacientes revelam a verdade quando entrevistados. “Temos os dados, mas nem sempre se pode confiar. Muitas pessoas não se declaram homossexuais quando questionados. Por isso, as estatísticas apontam a liderança dos heterossexuais. Porém, os homossexuais ainda compõem o grupo mais preocupante”, disse. 


Fonte: Tribuna do Norte.

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