A polícia da Malásia admitiu na quarta-feira (2) que as
investigações em curso para solucionar o desaparecimento do avião da
Malaysian Airlines talvez nunca sejam concluídas. As autoridades também
demonstraram desconfiança sobre as buscas e já trabalham com a hipótese
de nenhum destroço ser encontrado. O chefe de polícia malaio Khalid Abu
Bakar, diz que os trabalhos devem continuar. “Temos de esclarecer cada
coisa. Ao final das investigações, talvez não venhamos a conhecer as
verdadeiras causas do acidente. Talvez nem venhamos a saber as razões dele”, afirmou.
Bakar acrescentou que as investigações sobre todos os passageiros não
apontaram indícios de que possa ter havido um sequestrou ou uma
possível sabotagem e também problemas psicológicos ou pessoais. Foram
realizadas mais de 170 entrevistas com familiares dos pilotos e da
tripulação. Ele disse ainda que a comida servida no avião e o
carregamento da aeronave estão sendo investigados para descartar
qualquer possibilidade de envenenamento.
Buscas. Mais cedo, autoridades australianas disseram que o mau tempo e
a falta de informações confiáveis prejudicam seriamente as chances de
localizar os destroços no Oceano Índico. Até dez aeronaves e nove
embarcações de meia dúzia de países vasculham uma área marítima com
tamanho equivalente ao da Grã-Bretanha, numa corrida contra o tempo para
tentar encontrar a caixa-preta antes que sua bateria se esgote. Sem
isso, provavelmente o desaparecimento do avião nunca será explicado.
O brigadeiro reformado Angus Houston, diretor
da agência governamental australiana que coordena as buscas, disse que a
falta de uma telemetria de voo confiável e as condições complicadas do
mar tornam a operação
ainda mais desafiadora. “Em outras palavras, não temos uma localização
precisa da aeronave desde seis horas antes de o avião cair na água em
algum lugar”, disse ele nesta quarta-feira à emissora local ABC. “A
realidade é que se trata da mais complexa e desafiadora operação de busca ou resgate, ou agora operação de busca e recuperação, que já vi.” Extraído do Estadão com informações da AP e da REUTERS.
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