Policiais alegam que Governo do RN ainda não atendeu às reivindicações
Diego Hervani
diegohervani@gmail.com
“Quando paralisamos as atividades no dia 22 de abril, a cúpula do
Governo nos chamou, falou que iria encaminhar a Lei de Promoção de
Praças para a Assembleia Legislativa, o que realmente aconteceu, e que
iria discutir as outras reivindicações e nos dariam uma resposta, mas
até agora isso não aconteceu. Os policiais estão se sentindo
extremamente enganados pelo Governo. Semana passada, decidimos em
assembleia que iríamos parar no dia 19 e iremos fazer isso”, declarou o
presidente da Associação de Cabos e Soldados do Estado (ACS-RN), Roberto
Campos.
Roberto ainda disse que acredita que a paralisação deve mobilizar
quase 100% da categoria, já que até mesmo os oficiais devem participar.
“Na paralisação do dia 22, os oficiais participaram em apoio aos praças,
já que a principal pauta era a Lei de Promoção de Praças. Mas agora as
reivindicações vão beneficiar a todos da corporação, desde os praças até
o policial da reserva. Se a outra paralisação atingiu mais de 80% da
categoria, agora eu acredito que vai chegar perto dos 100%”, afirmou.
A única maneira dessa greve não acontecer, seria o Governo apresentar
alguma proposta para os policiais. “Definimos que iremos paralisar na
segunda-feira. Porém, se até lá o Governo nos chame para alguma
negociação, nos apresentar alguma resposta, nós iremos reunir a
categoria e decidir se realmente vamos parar. Mas até agora estamos
aguardando. O que Governo está fazendo é uma falta de respeito com os
PMs”, frisou o presidente da ACS-RN.
Em entrevista a’O Jornal de Hoje, o secretário de segurança do RN,
general Eliéser Girão, afirmou que vem tentando atender aos pedidos da
categoria e se irritou com os constantes ataques que tem sofrido. “Eu
não serei feito de Cristo por eles (Associações e sindicatos
representativos das categorias). Todos os dias eu faço gestão de
segurança. Eles não fazem gestão de segurança. Todos os dias eu estou me
reunindo com comandantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Itep,
Polícia Civil. Não tenho tempo para ficar me reunindo todos os dias com
as associações para mostrar como está a situação das pautas deles”,
afirmou.
Eliéser também lembrou que é normal que o tipo de reivindicações
feitas pelo PMs demorem para serem atendidas. “As pessoas precisam
entender que isso não é feito de uma hora para outra. Como falei, todos
os dias eu estou me reunindo, discutindo para tentar encontrar a melhor
solução. Mas tenho que fazer isso com responsabilidade. Tenho me reunido
com o Tribunal de Contas, pois essa questão de promoção de praças,
nomeação de comissões, tem que ser tudo muito bem tratado para não
prejudicar ninguém.Também temos buscados atender aos pedidos dos
policiais civis. Estamos fazendo uma gestão com responsabilidade”.
Dentre os pontos que estão sendo pedidos, está o reajuste de 15% do
subsídio, que há dois anos não é feito pelo Estado, devido enquadramento
dos níveis remuneratórios, pagamento do terço de férias ainda referente
a 2012, integralização dos vencimentos dos que foram promovidos e ainda
não recebem de acordo com a graduação, revisão da lei e reajuste da
Diária Operacional, admissão de etapa alimentação como verba
indenizatória, revisão do estatuto da PM em relação à carga horária e
substituição do Regulamento Disciplinar da PM pelo Código de Ética.
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