Incentivado por Felipão nas horas difíceis, Fred volta a marcar

Incentivado por Felipão nas horas difíceis, Fred volta a decidir e dissipa dúvidas sobre seu lugar – Foto Mowa Press

Fred ficou ausente de muitas convocações por lesão, mas na frieza dos números, não fazia gol pela seleção desde a final da Copa das Confederações contra a Espanha, em 30 de junho de 2013. O jejum acabou aos 13 minutos do segundo tempo do jogo de ontem, contra a Sérvia, em lance que lembrou o primeiro gol sobre os espanhóis no Maracanã.

“Foi um belo passe do Thiago Silva. Não tem isso de ficar aliviado. Estou sempre muito confiante e focado. Eu sou abraçado por esse grupo há muito tempo. Eles sempre me apoiaram nas dificuldades. Estou me dedicando, me sacrificando, e sabia que as coisas iam melhorar” disse Fred, que fez seu 17º gol com a camisa da seleção.

Assim como Fred, Luiz Felipe Scolari comemorou o fim do jejum de seu centroavante. O treinador voltou a elogiar e reafirmar confiança no camisa 9.

“O gol foi importante. Hoje (ontem) pela manhã ele estava falando: ‘Poxa, sou centroavante, vivo de gol’. Estamos tirando esta ideia do Fred de que ele é o responsável por fazer todos os gols. Ele é um dos que podem fazer os gols. É o tipo de jogador que com uma ou duas bolas marca. Por isso foi o escolhido, por isso é um dos grandes na posição” disse.

Pedido

As dificuldades criadas pela Sérvia, que quase não deixou o Brasil jogar no primeiro tempo, servem de alerta. Fred está consciente que a partir da próxima quinta, quando a seleção estreia na Copa contra a Croácia, vai ser assim. Ou pior.

“Sabemos que vamos encontrar jogos desse nível ou mais difícil. Temos a evoluir tecnicamente e taticamente. Ganhar é bom, dá tranquilidade”, comentou.

O atacante do Fluminense teve recepção morna da torcida paulista. Quando os nomes dos titulares foram anunciados antes do jogo, o dele recebeu aplausos tímidos. Pouco antes de Fred marcar o gol da vitória, gritos de “Luis Fabiano” ecoaram no Morumbi. Para o atacante, as vaias incomodam, mas têm que ser assimiladas.

“Hoje, o gol não saiu no início. Temos que estar preparados para isso. O torcedor está acostumado a ver a seleção marcando sempre no início, fazendo gols, pressionando. Espero que eles entendam que, quando isso não acontece, vamos precisar dele do nosso lado. Lógico que a gente quer apoio, incentivo, mas isso não pode mexer com a gente. Em Minas gritam meu nome, aí vem a torcida do Atlético e grita o nome do Jô. Não é o ideal que isso aconteça nesse momento, mas faz parte”, frisou.