Segundo o jornal 'O Estado de S. Paulo', nomes teriam sido citados em depoimentos que Paulo Roberto Costa prestou ao Ministério Público.
Entre os nomes esta Henrique Eduardo Alves
Paulo Roberto Costa contou à Justiça que partidos políticos aliados ao
governo - PP, PMDB e PT - indicavam diretores para ocupar cargos na
Petrobras. Segundo a denúncia, esses diretores e operadores do esquema,
tais como doleiro Alberto Youssef e o lobista Fernando Soares,
negociavam com executivos de empreiteiras o percentual da propina. Em
troca, as empresas conseguiam os contratos. A propina saía dos cofres
das empreiteiras e era distribuída aos diretores da Petrobras, ao
doleiro Youssef e a políticos.
Segundo “O Estado de S. Paulo”, a lista de Paulo Roberto inclui diversos parlamentares que apoiam o Palácio do Planalto no Congresso, além de ex-ministros e um atual ministro. São oito políticos do PT, oito do PMDB, dez do PP, um do PSB e um do PSDB.
Segundo a reportagem, Paulo Roberto Costa disse que alguns políticos recebiam repasses com frequência, com valores que chegaram a superar R$ 1 milhão, dinheiro que teria sido usado em campanhas eleitorais. Outros receberam esporadicamente. Ainda de acordo com o jornal, sobre vários políticos, o ex-diretor apenas mencionou o nome, não revelou valores que teriam sido distribuídos a eles ou aos partidos.
Todas as informações passadas por Paulo Roberto Costa terão de ser checadas e confirmadas pelos investigadores. Essa lista terá de ser comparada com outras relações de nomes apontados em depoimentos dos demais investigados e colaboradores.
Paulo Roberto Costa foi apenas o primeiro investigado da Operação Lava Jato a assinar um acordo de delação premiada para contar o que sabe. A intenção dele é ser beneficiado com uma redução de pena.
As informações estão na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento
da Petrobras Paulo Roberto Costa, segundo o jornal “O Estado de S.
Paulo”. De acordo com a reportagem, o ex-diretor da Petrobras apontou 28
políticos que teriam sido beneficiados pelo esquema de corrupção e
caixa dois da empresa. Os nomes teriam sido citados durante uma série de
80 depoimentos que Paulo Roberto Costa prestou em agosto e setembro ao
Ministério Público Federal.Segundo “O Estado de S. Paulo”, a lista de Paulo Roberto inclui diversos parlamentares que apoiam o Palácio do Planalto no Congresso, além de ex-ministros e um atual ministro. São oito políticos do PT, oito do PMDB, dez do PP, um do PSB e um do PSDB.
Segundo a reportagem, Paulo Roberto Costa disse que alguns políticos recebiam repasses com frequência, com valores que chegaram a superar R$ 1 milhão, dinheiro que teria sido usado em campanhas eleitorais. Outros receberam esporadicamente. Ainda de acordo com o jornal, sobre vários políticos, o ex-diretor apenas mencionou o nome, não revelou valores que teriam sido distribuídos a eles ou aos partidos.
Todas as informações passadas por Paulo Roberto Costa terão de ser checadas e confirmadas pelos investigadores. Essa lista terá de ser comparada com outras relações de nomes apontados em depoimentos dos demais investigados e colaboradores.
Paulo Roberto Costa foi apenas o primeiro investigado da Operação Lava Jato a assinar um acordo de delação premiada para contar o que sabe. A intenção dele é ser beneficiado com uma redução de pena.
Lista tem oito políticos do PT
Vamos ver agora quem são, segundo a reportagem do jornal, os oito
políticos do Partido dos Trabalhadores citados por Paulo Roberto Costa.
Na lista, segundo o jornal Estado de São Paulo, aparece o ex-ministro
Antonio Palocci, que ocupou o Ministério da Fazenda no governo Lula e a
Casa Civil, no governo Dilma Rousseff.
Segundo o jornal, Paulo Roberto Costa afirmou que Palocci teria pedido, em 2010, R$ 2 milhões para a campanha de Dilma Rousseff. A senadora Gleisi Hoffmann, do Paraná, que também foi ministra da Casa Civil no governo Dilma, teria recebido R$ 1 milhão do esquema para a campanha ao Senado em 2010.
Costa disse que teria recebido um pedido do doleiro Alberto Youssef - também investigado no esquema - para "ajudar na candidatura" de Gleisi Hoffmann.
A reportagem afirma que o senador Humberto Costa, de Pernambuco, também teria recebido R$ 1 milhão, de acordo com Paulo Roberto. Na lista também aparece o senador Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro. Segundo o jornal, Paulo Roberto contou que teria trabalhado para pedir doações a empreiteiras em nome de Lindbergh.
Também estão na lista o senador Delcídio Amaral, de Mato Grosso do Sul; e os deputados Cândido Vaccarezza, de São Paulo e Vander Loubet, de Mato Grosso do Sul. E pela primeira vez, foi citado o nome do governador do Acre, o petista Tião Viana, reeleito em outubro passado, como beneficiário do esquema. Sobre os últimos quatro políticos citados por Costa, a reportagem não informou quanto eles teriam recebido nem quando.
Segundo o jornal, Paulo Roberto Costa afirmou que Palocci teria pedido, em 2010, R$ 2 milhões para a campanha de Dilma Rousseff. A senadora Gleisi Hoffmann, do Paraná, que também foi ministra da Casa Civil no governo Dilma, teria recebido R$ 1 milhão do esquema para a campanha ao Senado em 2010.
Costa disse que teria recebido um pedido do doleiro Alberto Youssef - também investigado no esquema - para "ajudar na candidatura" de Gleisi Hoffmann.
A reportagem afirma que o senador Humberto Costa, de Pernambuco, também teria recebido R$ 1 milhão, de acordo com Paulo Roberto. Na lista também aparece o senador Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro. Segundo o jornal, Paulo Roberto contou que teria trabalhado para pedir doações a empreiteiras em nome de Lindbergh.
Também estão na lista o senador Delcídio Amaral, de Mato Grosso do Sul; e os deputados Cândido Vaccarezza, de São Paulo e Vander Loubet, de Mato Grosso do Sul. E pela primeira vez, foi citado o nome do governador do Acre, o petista Tião Viana, reeleito em outubro passado, como beneficiário do esquema. Sobre os últimos quatro políticos citados por Costa, a reportagem não informou quanto eles teriam recebido nem quando.
Oito políticos do PMDB foram citados
Também foram citados por Paulo Roberto Costa: o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves; o atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho; e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney. Além de mais dois senadores do partido - Valdir Raupp, de Rondônia e Romero Jucá, de Roraima - e um deputado federal Alexandre José dos Santos, do Rio de Janeiro.
Sobre esses sete últimos nomes, a reportagem não detalhou quanto eles teriam recebido e nem como ou por quê.
Agora, os oito citados do PMDB, segundo “O Estado de S. Paulo”. O
presidente do Senado, o senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas,
está na lista, segundo a reportagem. O ex-diretor da Petrobras disse que
Renan Calheiros teria feito um acordo com o doleiro Alberto Youssef
para que o fundo de pensão dos Correios, o Postalis, controlado por PMDB
e PT, comprasse R$ 50 milhões em debêntures, que é uma espécie de
título de crédito, emitidos pela empresa Marsans Viagem e Turismo, que
tinha Alberto Youssef como um dos investidores.Também foram citados por Paulo Roberto Costa: o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves; o atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho; e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney. Além de mais dois senadores do partido - Valdir Raupp, de Rondônia e Romero Jucá, de Roraima - e um deputado federal Alexandre José dos Santos, do Rio de Janeiro.
Sobre esses sete últimos nomes, a reportagem não detalhou quanto eles teriam recebido e nem como ou por quê.
PP tem o maior número de citados, segundo jornal
Também segundo o jornal, o PP, Partido Progressista, tem o maior número
de citados na delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
Paulo Roberto apontou dez políticos do Partido Progressista que teriam
se beneficiado do esquema na Petrobras, segundo a reportagem do “O
Estado de S. Paulo”: o ex-ministro das cidades, Mário Negromonte, irmão
de Adarico Negromonte, réu acusado de corrupção e lavagem de dinheiro
pela Operação Lava Jato; dois senadores: Ciro Nogueira, do Piauí, e
Benedito de Lira, de Alagoas; seis deputados federais: João Pizzolatti,
de Santa Catarina; Nelson Meurer, do Paraná; Simão Sessim, do Rio de
Janeiro; José Otávio Germano, do Rio Grande do Sul; Luiz Fernando Faria,
de Minas Gerais; e Aline Lemos de Oliveira, de São Paulo, filha do
ex-deputado federal Pedro Corrêa, de Pernambuco, que também está na
lista e foi investigado durante o processo do mensalão. A reportagem não
informou quanto eles teriam recebido.
Políticos do PSB e do PSDB também estão na lista
E, como nós já dissemos, políticos do PSB e do PSDB também foram
citados, segundo o jornal. A lista de políticos feita por Paulo Roberto
Costa também inclui outros dois nomes. Segundo a reportagem, o
ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra e o ex-governador de Pernambuco
Eduardo Campos, do PSB, já falecidos.
Paulo Roberto Costa teria dito que o tucano Sérgio Guerra o procurou em 2010 e cobrou R$ 10 milhões para que a CPI da Petrobras, que foi aberta em julho de 2009 no Senado, fosse encerrada. Guerra teria dito ao ex-diretor da Petrobras que o dinheiro seria usado na campanha de 2010.
Já sobre o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, Costa disse que teria intermediado, em 2010, o pagamento de R$ 20 milhões para o caixa dois da campanha de Eduardo Campos, que naquele ano era candidato à reeleição ao governo de Pernambuco e aliado do governo do PT. Depois, Campos foi para a oposição.
Esses depoimentos em que Paulo Roberto Costa cita nomes de políticos estão sendo analisados pelo procurador-geral da República. Rodrigo Janot vai comparar o que disse Paulo Roberto com os depoimentos de outros investigados, como Alberto Youssef. O doleiro também fez um acordo de delação premiada e citou nomes de políticos.
Essa fase deve se estender até fevereiro, quando o procurador-geral deve anunciar quantos inquéritos vai pedir e contra quem. Se entender que já há provas suficientes, pode até fazer uma denúncia direto ao Supremo Tribunal Federal. A palavra final, no entanto, é do relator dos processos da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki.
Paulo Roberto Costa teria dito que o tucano Sérgio Guerra o procurou em 2010 e cobrou R$ 10 milhões para que a CPI da Petrobras, que foi aberta em julho de 2009 no Senado, fosse encerrada. Guerra teria dito ao ex-diretor da Petrobras que o dinheiro seria usado na campanha de 2010.
Já sobre o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, Costa disse que teria intermediado, em 2010, o pagamento de R$ 20 milhões para o caixa dois da campanha de Eduardo Campos, que naquele ano era candidato à reeleição ao governo de Pernambuco e aliado do governo do PT. Depois, Campos foi para a oposição.
Esses depoimentos em que Paulo Roberto Costa cita nomes de políticos estão sendo analisados pelo procurador-geral da República. Rodrigo Janot vai comparar o que disse Paulo Roberto com os depoimentos de outros investigados, como Alberto Youssef. O doleiro também fez um acordo de delação premiada e citou nomes de políticos.
Essa fase deve se estender até fevereiro, quando o procurador-geral deve anunciar quantos inquéritos vai pedir e contra quem. Se entender que já há provas suficientes, pode até fazer uma denúncia direto ao Supremo Tribunal Federal. A palavra final, no entanto, é do relator dos processos da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki.
Respostas dos citados
O Jornal Nacional procurou todos os citados na reportagem do “O Estado de S. Paulo”.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o presidente da Câmara, o deputado Henrique Eduardo Alves, do PMDB do Rio Grande do Norte; o senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima; o deputado João Pizzolatti, do PP de Santa Catarina; e o senador Benedito de Lira, do PT de Alagoas, negaram participação em qualquer irregularidade.
A ex-governadora do Maranhão pelo PMDB Roseana Sarney; a deputada Aline Lemos de Oliveira, do PP de Santa Catarina; o governador do Acre pelo PT, Tião Viana; o deputado Vander Loubet, do PT do Mato Grosso do Sul; o deputado Nelson Meurer, do PP do Paraná; e o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci disseram que não conhecem Paulo Roberto Costa e negaram ter se beneficiado do esquema.
A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná; o líder do PT no senado, Humberto Costa, de Pernambuco; o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp, de Rondônia; e o senador Delcídio Amaral, do PT de Mato Grosso disseram que todas as doações de campanha que receberam foram legais e devidamente apresentadas à Justiça.
Eles também negam qualquer irregularidade. Gleisi Hoffman e Humberto Costa colocaram seus sigilos fiscal, telefônico e bancário à disposição da Justiça.
O ex-governador do Rio de Janeiro pelo PMDB Sérgio Cabral; o senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro; o presidente do senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas; o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte; o deputado Luiz Fernando Faria, do PP de Minas; e o deputado José Otavio Germano, também do PP, do Rio Grande do Sul disseram que conhecem Paulo Roberto Costa, mas que só tiveram relações institucionais com o ex-diretor e negaram participação em irregularidades.
O senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, disse que vai renunciar ao mandato se for encontrada qualquer irregularidade no nome dele. O deputado candidato Vaccarezza, do PT de São Paulo, não quis comentar a denúncia. O deputado Simão Sessim, do PP do Rio, não foi encontrado. O advogado de Pedro Corrêa, do PP de Pernambuco, disse que o ex-deputado não pode ser contactado, já que está preso, condenado no mensalão do PT. O deputado Alexandre José dos Santos, do PP do Rio de Janeiro, não foi encontrado.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o presidente da Câmara, o deputado Henrique Eduardo Alves, do PMDB do Rio Grande do Norte; o senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima; o deputado João Pizzolatti, do PP de Santa Catarina; e o senador Benedito de Lira, do PT de Alagoas, negaram participação em qualquer irregularidade.
A ex-governadora do Maranhão pelo PMDB Roseana Sarney; a deputada Aline Lemos de Oliveira, do PP de Santa Catarina; o governador do Acre pelo PT, Tião Viana; o deputado Vander Loubet, do PT do Mato Grosso do Sul; o deputado Nelson Meurer, do PP do Paraná; e o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci disseram que não conhecem Paulo Roberto Costa e negaram ter se beneficiado do esquema.
A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná; o líder do PT no senado, Humberto Costa, de Pernambuco; o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp, de Rondônia; e o senador Delcídio Amaral, do PT de Mato Grosso disseram que todas as doações de campanha que receberam foram legais e devidamente apresentadas à Justiça.
Eles também negam qualquer irregularidade. Gleisi Hoffman e Humberto Costa colocaram seus sigilos fiscal, telefônico e bancário à disposição da Justiça.
O ex-governador do Rio de Janeiro pelo PMDB Sérgio Cabral; o senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro; o presidente do senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas; o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte; o deputado Luiz Fernando Faria, do PP de Minas; e o deputado José Otavio Germano, também do PP, do Rio Grande do Sul disseram que conhecem Paulo Roberto Costa, mas que só tiveram relações institucionais com o ex-diretor e negaram participação em irregularidades.
O senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, disse que vai renunciar ao mandato se for encontrada qualquer irregularidade no nome dele. O deputado candidato Vaccarezza, do PT de São Paulo, não quis comentar a denúncia. O deputado Simão Sessim, do PP do Rio, não foi encontrado. O advogado de Pedro Corrêa, do PP de Pernambuco, disse que o ex-deputado não pode ser contactado, já que está preso, condenado no mensalão do PT. O deputado Alexandre José dos Santos, do PP do Rio de Janeiro, não foi encontrado.
Na lista constam também os nomes de Eduardo Campos, ex-presidente do
PSB, e de Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, os dois já falecidos.
Sobre Campos, o PSB disse que reitera a confiança na reputação ilibada
do ex-governador e que o ônus da prova é de quem acusa. Sobre Sérgio
Guerra, o PSDB disse que defende a apuração de todas as denúncias
independentemente da filiação partidária.
Os três partidos citados também foram procurados pelo Jornal Nacional. O
PMDB defendeu a apuração dos fatos e a punição dos envolvidos. Disse
ainda que se houve participação de algum integrante da legenda, ela foi
em caráter pessoal. O PT não quis se manifestar. Os assessores do PP não
retornaram nossas ligações.
Ainda sobre a Operação Lava Jato. Nesta sexta-feira, o ministro do
Supremo Teori Zavascki validou o acordo de delação premiada do doleiro
Alberto Youssef.
Nenhum comentário:
Postar um comentário