A Penitenciária Estadual
Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, que fica em
Caicó, devolveu nesta quinta-feira (27) ao Presídio Rogério Coutinho
Madruga, na Grande Natal, mais 11 presos transferidos recebidos em um
remanejamento feito na segunda-feira (26) pela Secretaria Estadual de
Justiça e Cidadania (Sejuc). Nesta quarta, outros dez detentos retornaram de Caicó ao presídio de origem, em Nísia Floresta. A destruição causada por uma briga entre facções rivais no
Pereirão na noite de segunda (24) deixou a unidade sem condições de
comportar os detentos transferidos. Depois dos confrontos entre facções,
a Sejuc decidiu transferir na terça 71 presos do Pereirão para o Presídio Rogério Coutinho Madruga como forma de conter os motins, que causaram pelo menos seis mortes em dez dias.
Em contrapartida, 92 homens fizeram o caminho contrário: saíram do
Presídio Rogério Coutinho Madruga para o Pereirão na quarta.
No entanto, no mesmo dia, a Justiça potiguar interditou a penitenciária de Caicó
e impediu o local de custodiar novos presos. Com a decisão, a Sejuc
precisou devolver o excedente de 21 presos que havia sido transferido do
Rogério Coutinho para o Pereirão.
A Penitenciária Estadual Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega
teve quatro pavilhões depredados quando cerca de 200 presos tentaram
vingar a morte de um detento assassinado por um grupo rival durante um confronto na segunda-feira (24). Os 200 homens queriam matar 60 rivais,
que se isolaram em uma das alas e conseguiram escapar. Os detentos
quebraram cadeados, arrancaram grades das celas, arrombaram paredes e
incendiaram colchões e lençóis. Só o pavilhão feminino não foi
depredado. Não houve mortes, mas 15 presos foram levados para
atendimentos de primeiros socorros no Hospital Regional do Seridó.
O Pereirão também foi uma das 14 unidades depredadas durante uma onda
de rebeliões que afetou o sistema carcerário potiguar durante o mês de
março deste ano. O Pereirão, inclusive, foi um dos mais danificados. Depois dos motins, o governo do estado decretou situação de calamidade no sistema penitenciário e a Força Nacional foi enviada para reforçar a segurança nos presídios.
Fonte: G1-RN.
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