quinta-feira, 3 de setembro de 2015

‘Candeeiro’ e ‘Dama de Espadas’ só têm em comum vínculo familiar, diz MP

Segundo investigadores do Ministério Público do RN, as duas operações tratam de esquemas diferentes, apesar de terem Rita das Mercês e Guston Bezerra como alvos. Eles são mãe e filho.


Por Redação/Portal no Ar
MP detalhou envolvimento dos investigados no caso (Foto: Divulgação)
MP detalhou envolvimento dos investigados no caso.Os promotores do Patrimônio Público responsáveis pela Operação Candeeiro revelaram em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (2) que o vínculo familiar é o único existente entre a investigação, que apura desvio de quase R$ 20 milhões no Idema, e a Operação Dama de Espadas, em que se investiga uma suposta fraude de R$ 5,5 milhões através de cheque-salário.
Na operação desta quarta, terminou na cadeia Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, que foi diretor administrativo do Idema. Ele é filho de Rita das Mercês, ex-procuradora da ALRN presa na Operação Dama de Espadas. Segundo o promotor Paulo Batista Lopes Neto, cabia a Gutson designar que receberia os supostos valores desviados.
“A metodologia dos esquemas é diferente, apenas o vínculo familiar, mas não consigo identificar relação com os esquemas. Um tratava de gratificação e outro de cheque-salário. Não existe qualquer nexo entre um e outro. Existe apenas o vínculo familiar”, acrescentou o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis.
Questionado se a empresa da ex-assessora de Rita das Mercês, Ana Paula Moura, foi utilizada no esquema investigado no Idema, Paulo Batista Lopes informou que, por ora, não foi identificado qualquer pagamento para a pessoa jurídica que Ana Paula detém e que é alvo de investigação na Dama de Espadas.
Paulo Batista Lopes explicou que os desvios teriam sido realizados através de pagamentos ocultos. Segundo o revelado, as pessoas investigadas, ligadas ao setor de contabilidade do Idema, expediam ao Banco do Brasil ofício requerendo pagamento. Ao mesmo tempo, tal transação financeira não era lançada no sistema financeiro do Estado, o Siafi, dificultando o rastreamento da movimentação dos recursos.

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