Segundo investigadores do Ministério Público do RN, as duas operações tratam de esquemas diferentes, apesar de terem Rita das Mercês e Guston Bezerra como alvos. Eles são mãe e filho.
Por Redação/Portal no Ar
Os promotores do Patrimônio Público responsáveis pela Operação
Candeeiro revelaram em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (2) que o
vínculo familiar é o único existente entre a investigação, que apura
desvio de quase R$ 20 milhões no Idema, e a Operação Dama de Espadas, em
que se investiga uma suposta fraude de R$ 5,5 milhões através de
cheque-salário.
Na operação desta quarta, terminou na cadeia Gutson Johnson Giovany
Reinaldo Bezerra, que foi diretor administrativo do Idema. Ele é filho
de Rita das Mercês, ex-procuradora da ALRN presa na Operação Dama de
Espadas. Segundo o promotor Paulo Batista Lopes Neto, cabia a Gutson
designar que receberia os supostos valores desviados.
“A metodologia dos esquemas é diferente, apenas o vínculo familiar,
mas não consigo identificar relação com os esquemas. Um tratava de
gratificação e outro de cheque-salário. Não existe qualquer nexo entre
um e outro. Existe apenas o vínculo familiar”, acrescentou o
procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis.
Questionado se a empresa da ex-assessora de Rita das Mercês, Ana
Paula Moura, foi utilizada no esquema investigado no Idema, Paulo
Batista Lopes informou que, por ora, não foi identificado qualquer
pagamento para a pessoa jurídica que Ana Paula detém e que é alvo de
investigação na Dama de Espadas.
Paulo Batista Lopes explicou que os desvios teriam sido realizados
através de pagamentos ocultos. Segundo o revelado, as pessoas
investigadas, ligadas ao setor de contabilidade do Idema, expediam ao
Banco do Brasil ofício requerendo pagamento. Ao mesmo tempo, tal
transação financeira não era lançada no sistema financeiro do Estado, o
Siafi, dificultando o rastreamento da movimentação dos recursos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário