Senador elogia trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público, mas pondera que Congresso poderá entrar no processo, caso seja necessário
Por Allan Darlyson
Ao comentar os avanços das investigações
envolvendo o ex-presidente Lula (PT) pela Polícia Federal (PF) e o
Ministério Público Federal (MPF), o senador José Agripino Maia,
presidente nacional do DEM, não descartou, em entrevista ao
portalnoar.com, nesta quarta-feira (4), a possibilidade de abertura de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para auxiliar nas
investigações.
Segundo o senador, o MPF e a PF já estão
fazendo um trabalho satisfatório. “No entanto, se o Congresso perceber
que existe alguma lacuna a ser preenchida ou alguma limitação dos órgãos
que uma CPI possa avançar, nós iremos avaliar. Por enquanto, as
entidades seguem fazendo um trabalho a contento, mas o Congresso não irá
se omitir, caso seja necessário entrar nesta questão”, declarou o
parlamentar.
Impeachment
Sobre o processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff (PT) que tramita na Câmara dos Deputados,
Agripino disse que tema esfriou devido ao recuo do PMDB. O democrata
ponderou que só existe condições de avançar com o processo se a
população se mobilizar e pressionar a base do governo a atender o desejo
das ruas.
“De forma pragmática, hoje não há
condições políticas de avançar o processo de impeachment, porque são
necessários 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar a abertura.
Sem o PMDB, essa conta não fecha. Mas, não tem como prever como será o
desenrolar porque todos os dias surgem novos fatos, que podem fazer a
população pressionar a base do governo a aderir à causa”, analisou o
senador.
Volta da CPMF
Declaradamente contra a volta da
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Agripino
disse que DEM e PSDB fecharam questão contra qualquer aumento de
impostos proposto pelo governo. O parlamentar declarou que a oposição
aceitará o diálogo sobre reformas estruturais na Tributação,
Previdência, entre outras, que tenham condições de mudar o cenário de
crise.
“Aumentar ou criar impostos não é
solução para crise. Isso é paliativo. Não resolve nada. Votaremos
contra. O governo precisa apresentar reformas estruturais, com o apoio
da sua base, para discutir com a oposição. Não adianta também vim
debater com a oposição sem ter sequer o apoio da base governista”,
finalizou o democrata.
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