O
Sertão Potiguar sofrerá com os graves efeitos da seca nos próximos três
meses, de abril a junho deste ano. O clima continuará a castigar
Agreste, Sertão, Oeste e até mesmo a Região Metropolitana de Natal. Os
dados foram divulgados durante um encontro de meteorologistas de toda a
Região Nordeste realizado na sede da Agência Pernambucana de Águas e do
Clima (Apac), no Recife, no final da manhã desta terça-feira (22). A
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) enviou
representante para a reunião. A previsão é válida para os próximos três
meses.
O
fenômeno El Niño, no Oceano Pacífico, é um dos motivos para a redução
das chuvas no período. Outro fator é a diminuição das temperaturas da
água no Oceano Atlântico. "Esses dois fatores tem influência na
incidência de chuvas na Região Nordeste. O fenômeno El-Niño não diminuiu
como nós meteorologistas esperávamos, e as temperaturas no Atlântico
continuam baixas", explica o meteorologista Gilmar Bristot, da Emparn.
Ainda
segundo o meteorologista, os efeitos poderão ser nocivos até mesmo no
Litoral Leste do Rio Grande do Norte, região que tradicionalmente não é
afetada pela seca, dada a regularidade de chuvas. "No litoral costuma
chover com regularidade até o mês de agosto. No Litoral Leste, as chuvas
já serão abaixo do normal a partir do mês de maio".
No
caso do Rio Grande do Norte, a incidência de chuvas de maneira geral
será "um pouco melhor" do que no ano passado. "Porém, não será
suficiente para recuperar os prejuízos à agricultura. Entre abril e maio
as chuvas serão abaixo do normal. A situação é muito ruim", avalia
Bristot.
Com
previsão de poucas chuvas em todo o Nordeste brasileiro, a Apac
divulgou que as temperaturas também deverão se elevar, sobretudo, no
período da tarde. No entanto, a Agência Pernambucana alerta para a
possibilidade de precipitações, de moderadas a fortes. A previsão é
válida inclusive para o Rio Grande do Norte.
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