terça-feira, 19 de abril de 2016

Setor eólico aposta em mais investimentos de novo Governo Federal

Produção dos estados esbarra nas dificuldades de escoamento.


Por Dinarte Assunção
Sérgio Azevedo espera melhores perspectivas de novo governo (Foto: Wellington Rocha/Portal No Ar)
Sérgio Azevedo espera melhores perspectivas de novo governo (Foto: Wellington Rocha/Portal No Ar)O setor eólico no Rio Grande do Norte espera que a falta de planejamento que levou o estado ao ponto atual não se repita em um eventual novo governo federal. O tema foi levantado no Fórum Nacional Eólico, que acontece nesta segunda e terça-feira na Escola de Governo, no Centro Administrativo.
Na atualidade, o Rio Grande do Norte tem a maior matriz eólica do Brasil. Apesar de estar em privilegiada posição entre os estados produtores, todavia, o escoamento da energia barra na insuficiência de linhas de transmissão.
“Vivemos um momento ruim em razão da falta de planejamento do passado mas com as medidas tomadas e, com esse novo governo que está chegando, esperamos que mantenham de bom o que houve no governo passado, porque os estados tê capacidade de produção enorme, mas sem escoamento”, comentou Sérgio Azevedo, presidente da Comissão de Energia da Federação das Indústrias do RN.
Segundo explicou, a maioria dos estados que hoje despontam na produção de energia eólica foram, historicamente, tratados como receptores do que era produzido no Sul do país. Essa mentalidade ajudou o governo federal a não alimentar projetos de infraestrutura energética para a região.
“No passado, houve condições do governo federal para investimento, mas as prioridades foram outras. Agora, não há condições de investir em razão dessa crise. Os investimentos para construir existem, o que não temos é a infraestrutura adequada, que compete ao poder público cuidar”, analisou Azevedo.
Atualmente, o Rio Grande do Norte produz 2,7 giga watts. É a maior produção individual do Brasil. Apesar disso, apenas 700 mega watts são consumidos.

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