Produção dos estados esbarra nas dificuldades de escoamento.
Por Dinarte Assunção
O setor eólico no Rio Grande do Norte
espera que a falta de planejamento que levou o estado ao ponto atual não
se repita em um eventual novo governo federal. O tema foi levantado no
Fórum Nacional Eólico, que acontece nesta segunda e terça-feira na
Escola de Governo, no Centro Administrativo.
Na atualidade, o Rio Grande do Norte tem
a maior matriz eólica do Brasil. Apesar de estar em privilegiada
posição entre os estados produtores, todavia, o escoamento da energia
barra na insuficiência de linhas de transmissão.
“Vivemos um momento ruim em razão da
falta de planejamento do passado mas com as medidas tomadas e, com esse
novo governo que está chegando, esperamos que mantenham de bom o que
houve no governo passado, porque os estados tê capacidade de produção
enorme, mas sem escoamento”, comentou Sérgio Azevedo, presidente da
Comissão de Energia da Federação das Indústrias do RN.
Segundo explicou, a maioria dos estados
que hoje despontam na produção de energia eólica foram, historicamente,
tratados como receptores do que era produzido no Sul do país. Essa
mentalidade ajudou o governo federal a não alimentar projetos de
infraestrutura energética para a região.
“No passado, houve condições do governo
federal para investimento, mas as prioridades foram outras. Agora, não
há condições de investir em razão dessa crise. Os investimentos para
construir existem, o que não temos é a infraestrutura adequada, que
compete ao poder público cuidar”, analisou Azevedo.
Atualmente, o Rio Grande do Norte produz
2,7 giga watts. É a maior produção individual do Brasil. Apesar disso,
apenas 700 mega watts são consumidos.
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