Campanha de Hermano Morais à Prefeitura em 2012
Em 2012, o PMDB recebeu R$ 4,27 milhões da empreiteira Camargo Corrêa, uma das envolvidas na Operação Lava Jato.
No mesmo ano, o Diretório Nacional do PMDB repassou para o Diretório Estadual do Rio Grande do Norte a quantia de R$ 12 milhões.
Desses recursos, R$ 7,8 milhão foram repassados à campanha do deputado estadual Hermano Morais (PMDB) à Prefeitura de Natal.
O peemedebista disputou com o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), mas perdeu no segundo turno.
RN na Lava Jato
O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou a investigadores
da Operação Lava Jato, em depoimentos de delação premiada, ter
repassado propina a mais de 20 políticos de 6 partidos. O novo delator
da Lava Jato contou à Procuradoria Geral da República (PGR) sobre
pedidos de doações eleitorais de parlamentares de PMDB, PT, PP, DEM,
PSDB e PC do B.
O ex-presidente da Transpetro contou, em outro trecho da delação, que
repassou ao atual ministro do Turismo, Henrique Alves, R$ 1,55 milhão
em propina entre 2008 e 2014.
A propina ao atual ministro do Turismo foi paga, conforme o
ex-presidente da Transpetro, da seguinte forma: R$ 500 mil em 2014; R$
250 mil, em 2012 e R$ 300 mil em 2008. Os valores foram repassados,
segundo ele, pela Queiroz Galvão. Outros R$ 500 mil foram pagos em 2010 a
Alves, pela Galvão Engenharia, de acordo com a delação.
Os recursos, eram entregues por meio de doações oficiais, mas eram
provenientes, segundo Machado, de propina dos contratos da subsidiária
da Petrobras. Sérgio Machado detalhou que Henrique Alves costumava
procurá-lo com frequência em busca de recursos para campanha.
Procurada, a Galvão Engenharia diz que não vai se pronunciar.
Machado afirma que, sempre em épocas de eleição, era procurado pelo
ex-ministro e atual senador Garibaldi Alves (PMDB). Em 2010, ele diz ter
intermediado o pagamento de R$ 200 mil pela Queiroz Galvão e R$ 250 mil
da Camargo Corrêa em 2012.
Machado disse que Garibaldi também pediu ajuda à candidatura de seu
filho, Walter Alves, à Câmara dos Deputados. Ele diz, então, que
conseguiu uma doação de R$ 250 mil, pela Queiroz Galvão, em 2014
Na delação, Sérgio Machado diz que a dinâmica de pagamento de propina
era a mesma utilizada com os demais políticos: sempre em épocas de
eleição, era procurado para que intermediasse doações. Ele diz que o
senador do DEM recebeu, em 2010, R$ 300 mil para sua campanha ao Senado,
pela Queiroz Galvão; e R$ 250 mil, em 2014, para a campanha do seu
filho, o deputado Felipe Maia, à Câmara.
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