segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Polícia prende suspeito de matar companheira em Jaçanã, RN

Agentes da Delegacia Regional de Santa Cruz, município da região Agreste potiguar, prenderam nesta sexta-feira (16) um homem suspeito de ter matado com um tiro a própria companheira, a dona de casa Eleika Talia Venâncio Soares, de 19 anos. A jovem foi morta dentro de casa, crime ocorrido no último domingo (11) na cidade de Jaçanã, que fica na mesma região.
Segundo a polícia, Ricardo Tomé dos Santos, mais conhecido como 'Nego', de 31 anos, admite ter feito o disparo, mas alega que o tiro foi acidental. Apesar do argumento, ele será indiciado por homicídio qualificado com os agravantes de feminicídio (quando uma pessoa é morta pela condição de ser do sexo feminino) e impossibilidade de defesa da vítima.
Titular da Delegacia Regional de Santa Cruz, Silva Júnior falou sobre o caso. Ele disse ao G1 que o suspeito foi detido em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. "Dois dias depois da morte da mulher ele foi à delegacia acompanhado de um advogado e se apresentou. Como não havia mais o flagrante, tive que liberá-lo. Então eu pedi à Justiça a prisão preventiva. Quando o mandado foi expedido, fomos atrás dele e demos voz de prisão. Ricardo foi preso no Sítio Flores, distrito de Jaçanã. O encontramos na casa dos pais tomando cerveja", afirmou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, Ricardo Tomé não soube dizer onde está a arma que ele usou. "Ele disse que fugiu e que o revólver ficou dentro de casa. Fizemos buscas, mas não encontramos nada. No dia do acontecido, ele disse que estava bebendo na residência de amigos e que foi em casa para buscar a mulher, e que acabou havendo uma discussão. Então a mulher teria tentado pegar o revólver que ele carregava na cintura, ocasião em que a arma disparou. Pelo menos essa é a versão que ele conta", afirmou Silva Júnior. "Eleika morreu sentada. O tiro foi transfixante. Pegou no pescoço e saiu pela cabeça", acrescentou Silva Júnior.
O delegado ressalta, no entanto, depoimentos que indicam que o suspeito já teria planejado o crime. "Testemunhas disseram que, antes mesmo de chegar em casa, o Ricardo mostrou que estava armado e, apontando para o revólver, disse: quero que ela venha brigar comigo. Olha aqui o que eu tenho pra ela".

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