Desde que foi preso pela Polícia Federal em razão da Operação Manus,
desdobramento da Lava Jato deflagrada no Rio Grande do Norte na última
terça-feira 06, o ex-deputado e ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo
Alves (PMDB) está alojado na Academia de Polícia Militar, situada no
bairro de Lagoa Nova, em Natal, numa condição especial de carceragem,
diferente dos demais detentos do sistema penitenciário potiguar.
Ao
contrário do que muitos pensam, a condição especial de prisão dada ao
ex-ministro não é pelo fato de ser uma figura pública ou ex-deputado
federal, mas sim por ser bacharel em Direito e advogado registrado pela
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Norte.
No dia
da audiência de custódia, o presidente do órgão, Dr. Paulo Coutinho,
assinou certidão confirmando que Henrique era de fato habilitado para
exercer a advocacia, fazendo assim com que ele fosse colocado em regime
diferenciado de cárcere.
Todavia, o fato do Ministério Público
Federal ter procurado pelo registro do ex-deputado e não ter encontrado
gerou desconfiança na veracidade do documento, situação que tomou a
imprensa no fim de semana.
Diante da informação, o Agora Jornal
procurou a OAB-RN para confirmar a validade do documento. Segundo os
responsáveis pela comunicação, Henrique está sim inscrito na lista de
advogados do órgão sob o número 999D e com seccional/subseção no
município de Natal. Em consulta realizada no site, pelo menos desta vez,
o nome do ex-ministro apareceu como cadastrado.
Para a entidade,
as informações que circulam de que a certidão poderia ser falsa é ‘pura
falácia’. O próprio presidente Paulo Coutinho, um dos pivôs da situação,
foi procurado para comentar o assunto, mas o contato não foi retornado
até o fechamento da matéria. Henrique segue preso na Academia de Polícia
Militar de Natal, onde, inclusive, tem recebido visitas diariamente.
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