sábado, 29 de julho de 2017

Ex-ministro do Turismo Henrique Alves “está sendo muito bem tratado”, relata defesa

Preso desde o dia 6 de junho, quando foi deflagrada a operação Manus e houve um novo desdobramento da Sépsis, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB) continua recolhido, quase dois meses depois, na sede da Academia de Polícia Militar do Rio Grande do Norte, em Lagoa Seca. De acordo com a defesa do peemedebista, “muito bem tratado”.
Segundo o advogado Esequias Pegado Cortez, que integra o corpo de defensores do ex-ministro, Henrique está custodiado dentro de condições razoáveis. “Ele está sendo muito bem tratado, de acordo com as regras estabelecidas pela Justiça Federal”, afirma o advogado.
Devido ao caráter sigiloso das investigações, Esequias não contou à reportagem do Portal Agora RN/Agora Jornal detalhes dos procedimentos de defesa nem de maneira minuciada como tem sido a rotina de Henrique Alves na prisão. “Ele está sob comando direto do comandante da Academia”, resumiu, provavelmente se referindo ao Ten. Cel. Assunção, comandante do órgão.
Com relação aos métodos da defesa, o advogado também declarou que não poderia especificar quais procedimentos têm sido adotados, mas destacou que os trâmites seguem correndo normalmente. “Não cabe antecipar decisões judiciais, mas está tudo correndo de acordo com a programação. A discrição da operação me faz dizer apenas isso”, frisou Esequias.
No final de junho, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife (PE), negou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Henrique Alves contra o mandado de prisão expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte, na operação Manus.
Na oportunidade, os desembargadores seguiram o entendimento do Ministério Público Federal (MPF), que argumenta que apenas a prisão pode evitar a descontinuidade de atos ilícitos supostamente cometidos pelo peemedebista.
Antes, a defesa havia pedido a soltura também ao Tribunal Regional da 1ª Região, em Brasília, de onde partiu o outro mandado de prisão, da operação Sépsis.
Na primeira ação (Manus), Henrique é investigado quanto à eventual cobrança de propina de empreiteiras na construção da Arena das Dunas. Na segunda (Sépsis), o ex-ministro é réu em ação penal por supostamente receber valores de empresas que receberam aportes milionários do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS).

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