Principal alvo da operação Kodama, o superintendente do Ibama no RN, Clécio Santos
Nesta
terça-feira a Polícia Federal deu detalhes sobre a operação Kodama, que
apura irregularidades dentro do Ibama do Rio Grande do Norte. O
principal alvo da investigação é o superintendente do órgão no RN,
Clécio Santos.
O Ibama informou que já havia pedido o afastamento
do superintendente em julho deste ano. A investigação feita pelo
Ministério Público Federal em conjunto com a Polícia Federal verificou
que existia um esquema que envolveu três empresas de processamento de
pescado, um hotel e a superintendência do Ibama.
De acordo com a
polícia a superintendência atuava favorecendo de forma irregular
determinadas empresas, e desconsiderando autos de infração, devolvendo
bens apreendidos, além de ter feito a liberação para a construção
irregular de um hotel em Tibau do Sul em uma área de preservação
permanente.
A Corregedoria do Ibama concluiu no último 4 de julho
um Processo Administrativo Disciplinar pedindo ao Ministério do Meio
Ambiente o afastamento do superintendente. A polícia ainda investiga se
as irregularidades feitas dentro do órgão por Clécio Santos seriam em
troca de pagamentos financeiros.
O superintendente afastado teria
sido indicado ao cargo pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB),
Clécio Santos ocupava o cargo desde julho de 2016. No pronunciamento
feito a imprensa a Polícia Federal não indicou um possível envolvimento
do deputado no caso, Rogério tem foro privilegiado com as
irregularidades apuradas.
Em nota enviada pelo seu advogado Donnie
Allison , Clécio Santos negou o envolvimento em irregularidades, e
disse estar a disposição da justiça para colaborar com as investigações.
Leia a nota:
Clécio
Antônio Ferreira dos Santos, Superintendente do IBAMA/RN, por hora
afastado de suas funções, em face da decisão proferida pelo Emin. Juiz
Federal da 14° Vara, vem a público esclarecer que:
Entendo
por bem, dizer antecipadamente, que não tenho qualquer relação espúria
com terceiros investigados, seja pessoa jurídica, seja pessoa física,
que não me utilizei do cargo para atender interesses pessoais e que toda
minha trajetória está assentada na legalidade e na ética.
Reitero,
finalmente, que exerço atividade profissional há 49 anos, servi a
quatro governos estaduais, sem qualquer mácula em minha biografia.
NUNCA
ROUBEI NEM DEIXEI ROUBAR, NUNCA DEI NEM RECEBI PROPINA, NUNCA CORROMPI
NEM FUI CORROMPIDO, de modo que fico a total disposição das autoridades
para esclarecer e colaborar com o desenrolar dos fatos, que, por si só,
irão me inocentar.
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