O baixo nível dos reservatórios de água do Rio Grande do Norte tem exigido do Governo do Estado a realização de diversas ações que garantam o abastecimento na maior parte dos municípios potiguares que sentem os maiores efeitos da estiagem. A medida mais recente, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), diz respeito à elaboração de um projeto que permita a utilização de águas do volume morto de barragens como a Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado. Atualmente, por causa da condição crítica dos tanques, o abastecimento de diversas cidades está sendo feito por meio de caminhões-pipa ou em sistemas de rodízio. No último dia 19 de setembro, o Governo do Estado renovou, por mais seis meses, o decreto que estabelece situação de emergência em 153 dos 167 municípios do RN por causa da seca.
“A situação é muito grave. Estamos com grande parte dos reservatórios com volume muito baixo. A barragem Armando Ribeiro Gonçalves está com 15% de sua capacidade. É o menor volume da história. Isso requer grande preocupação e ações articuladas”, destaca o titular da Semarh, Ivan Júnior.
Segundo o projeto que vem sendo trabalhado pela Semarh, as águas do volume morto da barragem poderão contribuir com o abastecimento em cidades de diversas regiões potiguares, como a do Vale do Açu e a Central. A proposta, segundo Ivan, foi protocolada no Ministério da Integração Nacional em maio deste ano e já foi aprovada, restando apenas alguns ajustes. “Estamos esperando a liberação para construirmos adutoras que vão dar possibilidade de termos o abastecimento mesmo no volume morto”, frisa. “Os reservatórios existentes estão escassos e temos de buscar novas fontes de água”.
De acordo com o secretário, há outras ações que também vêm sendo executadas pela Semarh, como perfuração de poços, instalação de dessalinizadores e construção de outras barragens. As medidas buscam amenizar as consequências da seca na região Nordeste, que já perdura por quase seis anos. “Administrar recursos hídricos com água é fácil. Realizar um planejamento e executá-lo ‘sem água’ é que é o desafio. E estamos conseguindo até o momento, mesmo enfrentando a maior seca da história”, pontua Ivan.
Com informações do Angicos News.
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