Quatro meses após enviar uma carta ao papa
Francisco, a família da menina Beatriz Angélica Mota recebeu uma
resposta do pontífice. No texto, os pais da garota, que foi assassinada
durante uma festa dentro de uma escola em Petrolina, pediu ajuda para
elucidação do crime que aconteceu em dezembro de 2015, mas até agora a
polícia não conseguiu desvendar o homicídio. A intenção da mãe de
Beatriz, Maria Lúcia Mota da Silva, foi de sensibilizar o maior líder da
Igreja Católica, levando em consideração que a tragédia aconteceu em um
colégio católico. Na resposta, assinada pelo monsenhor Paolo Borgia,
Lúcia foi informada que o papa recebeu a carta e que estava rezando
pelas intenções por ela recomendadas.
O papa também pediu a Maria
Lúcia perseverança na oração e “confiar em Deus providente e
misericordioso”, e que não abandona os seus filhos. A carta também traz
parte de um discurso do papa Francisco, de 17 de maio de 2014, onde ele
diz “que Deus ensina, através do seu filho Jesus Cristo, a viver a dor
aceitando a realidade da vida com confiança e esperança, pondo o amor a
Deus e ao próximo também no sofrimento: o amor é que transforma tudo”.
No
final, manda para os pais de Beatriz e todas as pessoas que convivem
com família “uma particular Benção Apostólica”, ao mesmo tempo, pede
para que “não esqueçam de rezar por ele”. Lúcia Mota enviou a carta ao
Vaticano no dia 10 de julho. Além de pedir a interseção do Santo Padre,
ela narra a trágica morte da filha, assassinada aos sete anos de idade
com 42 facadas.
No dia 13 deste mês, familiares e amigos da menina
realizaram um protesto em frente o Palácio do Campo das Princesas,
tendo como principal reivindicação ter acesso as informações do
inquérito, mantido sobre segredo de Justiça. A família, depois de uma
reunião com representantes do governo e da Polícia Civil, foi orientada a
fazer, por meio do seu advogado, um pedido formal.
Fonte: Diário de Pernambuco
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