A
data já está marcada: 6 de fevereiro de 2018. Nesse dia, a Comissão de
Teólogos do Vaticano se reunirá na Santa Sé para avaliar o processo de
canonização de frei Damião de Bozzano. O religioso deverá receber o
título de venerável, um reconhecimento da Igreja Católica por suas
práticas e virtudes cristãs em grau heróico. A partir daí, começarão a
ser analisados os milagres de sua autoria. Até o fim de 2019, o frade
capuchinho deverá se tornar beato. Depois que o decreto for publicado
pelo papa Francisco, espera-se que aconteça um novo milagre para assim
Damião tornar-se um santo oficialmente. Para seus devotos brasileiros, o
italiano natural de Bozzano, no Norte da Itália, já é considerado
popularmente o primeiro santo nordestino. Estima-se que o frade seja
autor de mais de 30 mil milagres ao longo de sua vida.
Batizado
Pio Giannotti, o frade nasceu em 5 de novembro de 1898. Aos 33 anos
veio para o Brasil, em 1931, quando se instalou no Recife. Passou seus
últimos dias no Convento de São Félix de Cantalice, no Pina, onde seus
restos mortais estão sepultados. Em 66 anos de missões, percorreu a pé, a
cavalo ou de carro mais de um milhão de quilômetros, o equivalente a 25
voltas ao mundo.
Frei
Damião morreu em 31 de maio de 1997, aos 98 anos, após sofrer um
acidente vascular cerebral. Seu processo de beatificação e canonização
foi aberto em maio de 2003 e encaminhado ao Vaticano em julho de 2012.
Para o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, o processo
que tramita em Roma só oficializará o que já está no coração do povo.
“Frei Damião é uma pessoa de Deus, um homem que dedicou toda sua vida à
missão, à evangelização, sobretudo nas comunidades mais carentes e
pobres. É muito justa a causa. Temos esperança de que, o quanto antes, a
Igreja possa proclamar essa verdade para a alegria de todos nós”,
declara o arcebispo.
Diário do Pernambuco.
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