sábado, 5 de maio de 2018

Henrique afirma que cumprirá promessa de não voltar à política após ser solto

José Aldenir / Agora Imagens
Henrique Alves reafirmou que "vai cumprir todo o seu compromisso com a Justiça, inclusive que não será candidato"
O advogado Esequias Pegado Cortez, que atua na defesa do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB), afirmou nesta sexta-feira, 4, que o peemedebista chorou e ficou “muito emocionado” ao ser informado da decisão judicial que autorizou sua saída da prisão. Preso preventivamente há dez meses, Henrique conseguiu um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e passará a cumprir prisão domiciliar.
Segundo Esequias, além de ter chorado com a notícia de que seria libertado, Henrique Alves reafirmou que “vai cumprir todo o seu compromisso com a Justiça, inclusive que não será candidato”.
“Ele deixou a política. Não será mais candidato. É uma decisão definitiva. Ele assumiu este compromisso diante do juiz Eduardo Guimarães [titular da 14ª Vara Federal do Rio Grande do Norte]”, revelou o advogado.
Henrique, que foi deputado federal durante onze mandatos consecutivos (1971-2015) e ministro do Turismo nos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer, está detido na Academia de Polícia Militar, em Natal, desde 6 de junho do ano passado. Ele foi preso por força de dois mandados – um expedido pela Justiça Federal do RN e outro pela de Brasília.
O primeiro mandado, relativo à operação Manus, que investiga desvios durante a construção da Arena das Dunas, foi trocado pelo recolhimento domiciliar em fevereiro. Henrique continua detido, porém, por causa do mandado expedido em Brasília, que foi revogado nesta quinta-feira, 3, pelo desembargador Ney Bello, do TRF-1. Neste último caso, o processo é no âmbito da operação Sépsis, que apura supostas fraudes ocorridas na Caixa Econômica Federal.
Henrique deverá deixar a Academia de Polícia Militar e ir para sua residência, em Petrópolis, na zona Leste de Natal, ainda hoje. A defesa aguarda que a Polícia Federal seja notificada do alvará de soltura expedido pela Justiça de Brasília, que, por sua vez, recebeu do TRF-1 a ordem para liberar o peemedebista.

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