Uma das aeronaves apreendidas na ação. (Foto: PF)
por Dinarte Assunção
Está cada vez mais frequente nas ações da Polícia Federal contra
organizações criminosas operações que passam pelo Rio Grande do Norte.
No início da tarde desta segunda-feira, a Polícia Federal terminou de
cumprir os 20 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e
35 mandados de busca e apreensão referentes à Operação Laços de
Família, deflagrada com a autorização da 3ª Vara da Justiça Federal de
Campo Grande (MS).
Conforme apurou o BlogdoBG, no Rio Grande do Norte, a operação tinha
um dos mandados de prisão a cumprir na zona Norte de Natal, mas não
houve sucesso por parte dos policiais federais. A ação se deu, alem de
no Rio Grande do Norte, no Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás.
O nome da operação é referência ao vínculo mirado. O braço do PCC
mirado na operação de hoje tinha traços de um clã, de forma assemelhada à
máfia, eis que seus principais cabeças eram de um mesmo grupo familiar.
Além das prisões, houve cumprimento de 136 mandados de sequestros de
veículos terrestres, 7 mandados de sequestro de aeronaves
(helicópteros), 5 mandados de sequestro de embarcações de luxo, 25
mandados de sequestro de imóveis. Além disso, também foi decretado o
sequestro geral de todos os bens de 38 investigados, em todo o
território nacional, inclusive em nome de suas empresas de fachada.
Grandes carregamentos de droga eram remetidos da região fronteiriça
para várias regiões do Brasil, geralmente escondidos em caminhões e
carretas com cargas aparentemente lícitas, tudo a serviço da
criminalidade.
Em contrapartida, a organização criminosa recebia joias, veículos de
luxo e dinheiro por meio de depósitos em contas bancárias de laranjas e
de empresas de fachada, como pagamento das cargas criminosas, que
garantiam vida luxuosa e nababesca aos patrões do tráfico internacional
de drogas, que incutiam o temor e o silêncio na região pela sua
violência e poderio.
Também eram utilizados helicópteros para transportar joias e dinheiro
usados como pagamento do bando, vindos de vários pontos do Brasil.
Durante a investigação, a PF já tinha conseguido apreender mais de R$
317 mil em dinheiro; joias avaliadas em mais R$ 81 mil, duas pistolas,
27 toneladas de maconha, duas caminhonetes e 11 veículos de transporte
de carga.
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