MPRN em ação.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) apura a
falsificação de assinaturas em recibos de saques bancários por parte da
chefe de Gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa, Ana Augusta
Simas Aranha Teixeira de Carvalho, presa na operação Canastra Real. Ela
teria falsificado as assinaturas de pelo menos quatro investigados, o
que, para o MPRN, reforça que “terceiros efetuavam os saques à revelia
dos titulares”.
Na decisão judicial para a deflagração da operação Canastra Real, a
Justiça frisa que “é visível a substancial divergência entre as
assinaturas das titulares nos meses de abril e de maio de 2015. Em
contrapartida, em que pese não tenha sido realizada até o momento
perícia grafotécnica nos referidos documentos, essas rubricas de maio
guardam consideráveis semelhanças com as da investigada Ana Augusta
Simas”.
No mês de junho de 2015, houve saques com assinaturas de uma outra
pessoa nas contas dos investigados Karla Ruama Freire de Lima, Jalmir de
Souza Silva, Fabiana Carla Bernadino da Silva e Ivaniecia Varela Lopes,
todos ex-assessores técnicos da Presidência da Assembleia presos na
operação Canastra Real. “Mais uma vez, os padrões das assinaturas dos
investigados nesse mês guardam muita semelhança entre si, e divergem
consideravelmente dos originais”, cita trecho da decisão judicial. Em
depoimento ao MPRN, três deles confirmaram que as assinaturas que estão
nos recibos bancários não são deles.
Sigilo levantado
O sigilo das petições do MPRN e da decisão judicial foi levantado. A seguir, seguem as íntegras dos documentos.
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