Bolsonaro, presidente eleito do Brasil
   
   
   
     
     
  
  
  
   
 
A defesa do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), informou ao 
ministro Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que
 irá devolver aos cofres públicos R$ 8.275 para reparar supostas 
irregularidades apontadas pela área técnica do tribunal, e pediu que as 
contas da campanha sejam, portanto, aprovadas sem nenhuma ressalva.
A manifestação foi recebida pela Corte Eleitoral nesta quarta-feira, 
28, dentro do processo em que o TSE irá julgar as contas do presidente 
eleito. A expectativa é que isso ocorra na sessão do dia 4 de dezembro. 
Na terça-feira, 27, a procuradora-geral eleitoral, Raquel Dodge, 
recomendou a aprovação, com ressalvas, das contas de Bolsonaro, em 
concordância com o parecer da área técnica do TSE.
No documento apresentado pela defesa do presidente eleito, os 
advogados rebatem inconsistências expostas, mas avisam que irão devolver
 R$ 5.200 relacionados a indícios de recebimento de doação de fonte 
vedada (como é no caso de pessoas jurídicas, de origem e permissionárias
 do serviço público) e R$ 3.075 de doação com recursos de origem não 
identificada, somando os R$ 8 275 que irão para os cofres públicos.
Sobre o primeiro tópico, a campanha afirma que as vedações legais 
foram avisadas aos doadores, que enviaram dinheiro à campanha por 
financiamento coletivo. “O candidato, ao longo do processo eleitoral, 
não teria como antecipar tal fato, tendo tomado ciência da vinculação de
 doadores a permissão do serviço público somente por meio desta 
informação, que efetivou o cruzamento dos dados. É importante destacar a
 dificuldade de se apurar esse tipo de Fonte Vedada, que depende 
fundamentalmente da declaração do doador”, escrevem os advogados.
Em torno do segundo tópico em que haverá devolução de dinheiro, a 
defesa aponta que a inconsistência de dados dos doadores decorre de 
falha no preenchimento de documentos de doação. “Outro ponto importante a
 se destacar é que tal modalidade de financiamento de campanha está 
sendo utilizada pela primeira vez nestas eleições e os mecanismos devem 
ser aperfeiçoados para os próximos pleitos”, completam.
A defesa conclui pedindo que, diante das justificativas apresentadas,
 as contas sejam aprovadas, e julgadas pela Corte sem ressalvas. A 
questão precisa estar analisada pelo TSE para que Bolsonaro possa ser 
diplomado, mas não há necessidade de aprovação.
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