segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

MIGRAÇÃO DE MÉDICOS PARA O MAIS MÉDICO TRAZ PROBLEMAS PARA OS MUNICÍPIOS.


O programa Mais Médicos e suas recentes mudanças estão trazendo problemas para os municípios do Rio Grande do Norte. O alerta foi feito pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn). De acordo com a entidade, “diversos municípios do Estado estão se deparando com outra realidade inesperada e indesejável: os médicos que já estavam contratados diretamente pelos municípios, estão migrando para o Programa “Mais Médicos”.
O motivo dessa migração são “as condições diferenciadas que o Ministério da Saúde oferece para os profissionais atendam ao chamamento e o cumprimento das metas de contratação do programa.”
A Fermurn informa que o problema atinge moradores e prefeitos. “A situação tem causado inúmeros transtornos e angústia, tanto para a nossa população, que está sem o necessário e merecido atendimento básico de saúde, bem como para os Gestores Municipais, que aguardam, impotentes, o Governo Federal solucionar esses problemas”, diz a nota.
A entidade explica que está se juntando às federações de outros estados, aos conselhos de secretarias de saúde do estado e nacional; e ainda à Confederação Nacional de Municípios (CNM) para tentar resolver o problema.
A nota informa ainda que as cidades esperam para dia 14 de dezembro a recomposição das equipes do programa Estratégia Saúde da Família (ESF), quando os substitutos dos cubanos começarão a atuar.
Problema com Mais Médicos no RN não é culpa dos prefeitos, diz Femurn
A nota encerra afirmando que o problema não é culpa dos prefeitos e solicita ao Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, alguma providência urgente.

No Rio Grande do Norte, de acordo com levantamento feito junto a secretarias municipais de saúde, das 139 vagas abertas no Mais Médicos, pelo menos 98 foram preenchidas por médicos que estavam ligados às equipes do ESF.
Em média, um médico do programa ESF ganha R$ 8.750, por mês. Já um profissional do Mais Médicos ganha R$ 11.865, com menos descontos em folha de pagamento. Isso acontece porque o pagamento é tratado como uma bolsa pelo governo federal.

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