Filho de Jair Bolsonaro foi o candidato a vereador mais votado no Rio
O presidente Jair Bolsonaro concordou nesta sexta, 15, com a
avaliação de auxiliares próximos da necessidade de afastar o seu filho
Carlos Bolsonaro (PSC), vereador no Rio de Janeiro, das questões do
governo.
Ao longo da manhã, Bolsonaro teve uma série de conversas com
ministros e assessores no Palácio da Alvorada e telefonemas para
costurar o fim da crise que envolve Carlos e o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Ele decidiu manter o
ministro no cargo.
Esses interlocutores que atuam na crise relataram ao jornal O Estado
de S. Paulo que, pelas conversas, o acertado por Bolsonaro é que Carlos
ficará fora de ações do Executivo e evitará mensagens nas redes sociais
com ataques e críticas a integrantes da equipe do presidente.
Um dos interlocutores disse à reportagem, porém, que “ninguém” é
“ingênuo” de achar que Carlos se concentrará, daqui para frente, no seu
trabalho na Câmara de Vereadores do Rio. Essa fonte lembra que, em
outros episódios de divergência no âmbito do Planalto, o filho do
presidente se ausentou do dia-a-dia do palácio, mas depois voltou a
atuar e interferir nas discussões de governo.
Carlos, observou esse interlocutor, é o filho mais próximo de
Bolsonaro e, na campanha, comandou com êxito as redes sociais do pai.
Ele continua tendo “olheiros” dentro do Planalto. Um deles é o primo
Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, que, embora não tenha cargo
formal na Presidência, circula com um crachá de acesso ao terceiro e
quarto andar do palácio, áreas restritas, sem qualquer impedimento.
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