O
médico cubano Humberto Soto Armand foi enviado ao Pará em 2014 para
atuar pelo programa Mais Médicos do Governo Federal. Há dois anos, ele
se apaixonou e casou com a professora brasileira Suleni Oliveira em
Itaituba, onde o casal se conheceu e mora, no sudoeste do estado. Mas,
atualmente, eles vivem incertezas diante da falta de posicionamento do
governo em relação aos cubanos que decidiram ficar no país após o fim do
acordo entre Brasil e Cuba. Sem emprego, Humberto e outro colega cubano
estão vendendo churrasquinho na rua para sobreviverem.
"Eles dois ganham em torno de R$ 200 a R$ 300 por dia com a venda de
espetos. Sou efetiva e com ele vendendo os espetos, dá pra gente se
manter até ele fazer o revalida", explica Suleni, sobre o futuro
profissional do marido.
Antes de precisar trabalhar com churrasquinho, Humberto atuava nas
aldeias do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Tapajós, que
ficam distantes três dias da sede do município de Itaituba. A maioria
dos médicos cubanos contratados pelo Mais Médicos atuava em localidades
de difícil acesso.
"Nossa preocupação é que não tem o edital do Mais Médicos para
profissionais com diploma estrangeiro, já foi adiado duas vezes. Isso
deixa muita insegurança com todos, sem perspectiva, alguns deixaram a
família em Cuba, não podem trabalhar.A prova do revalida será só em
outubro e até lá eles vão ter que trabalhar em outra função", afirma
Suleni.
Com informações do G1
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