sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

PA: MÉDICOS CUBANOS VENDEM CHURRASQUINHO PARA SOBREVIVEREM

Médico cubano Humberto Armand se casou com a professora brasileira Sulene Oliveira. Atualmente, ele precisa vender churrasquinho para tirar o seu sustento no Pará — Foto: Sulene Oliveira/ Arquivo Pessoal

O médico cubano Humberto Soto Armand foi enviado ao Pará em 2014 para atuar pelo programa Mais Médicos do Governo Federal. Há dois anos, ele se apaixonou e casou com a professora brasileira Suleni Oliveira em Itaituba, onde o casal se conheceu e mora, no sudoeste do estado. Mas, atualmente, eles vivem incertezas diante da falta de posicionamento do governo em relação aos cubanos que decidiram ficar no país após o fim do acordo entre Brasil e Cuba. Sem emprego, Humberto e outro colega cubano estão vendendo churrasquinho na rua para sobreviverem.


"Eles dois ganham em torno de R$ 200 a R$ 300 por dia com a venda de espetos. Sou efetiva e com ele vendendo os espetos, dá pra gente se manter até ele fazer o revalida", explica Suleni, sobre o futuro profissional do marido.

Antes de precisar trabalhar com churrasquinho, Humberto atuava nas aldeias do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Tapajós, que ficam distantes três dias da sede do município de Itaituba. A maioria dos médicos cubanos contratados pelo Mais Médicos atuava em localidades de difícil acesso.

"Nossa preocupação é que não tem o edital do Mais Médicos para profissionais com diploma estrangeiro, já foi adiado duas vezes. Isso deixa muita insegurança com todos, sem perspectiva, alguns deixaram a família em Cuba, não podem trabalhar.A prova do revalida será só em outubro e até lá eles vão ter que trabalhar em outra função", afirma Suleni.


Com informações do G1

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