Está
previsto para começar às 8h desta quarta-feira (21), em Natal, o júri
popular do advogado Rivaldo Dantas de Farias, um dos quatro acusados de
planejar a morte do radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, assassinado a tiros em 18 de outubro de 2010 na cidade de Caicó,
na região Seridó potiguar. O julgamento acontece no Fórum Miguel Seabra
Fagundes, no bairro de Lagoa Nova, Zona Sul da capital potiguar.
Rivaldo, que aguardava o julgamento em liberdade, foi preso preventivamente no mês passado em uma operação realizada pelo Ministério Público. O
mandado foi expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Natal,
atendendo pedido da 15ª Promotoria de Justiça. O advogado responde pelo
crime de homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, emboscada e
morte mediante promessa de recompensa. O motivo do pedido de prisão
feito pelo MP foi para que o réu não atrapalhasse o andamento do
processo. Por ser advogado, Rivaldo ficou detido no Comando Geral da
Polícia Militar, em Natal.
Radialista F. Gomes foi morto em 2010, em Caicó — Foto: Paulo Júnior/Cedida
O assassinato
F.
Gomes tinha 46 anos e trabalhava na rádio Caicó AM. O radialista foi
assassinado na calçada de casa, na noite de 18 de outubro de 2010, com
três tiros de revólver. Vizinhos ainda o socorreram ao Hospital Regional
de Caicó, mas o radialista não resistiu aos ferimentos, deixando mulher
e três filhos.
Condenados
Segundo
o Ministério Público, a morte de F. Gomes foi encomendada por um
‘consórcio’ de pessoas que se uniram contra ele. Inicialmente, foram
denunciados o mototaxista João Francisco dos Santos, mais conhecido como
‘Dão’, o comerciante Lailson Lopes, o ex-pastor Gilson Neudo, o
advogado Rivaldo Dantas de Farias, o tenente-coronel da PM Marcos
Antônio de Jesus Moreira e o soldado da PM Evandro Medeiros. Estes dois
últimos, porém, não foram pronunciados e, consequentemente, acabaram
excluídos do processo. O mototaxista João Francisco dos Santos, mais
conhecido como ‘Dão’, admitiu ter puxado o gatilho. Como autor material
do crime, ele foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado.
O julgamento aconteceu no dia 6 de agosto de 2013. A defesa dele
recorreu da decisão e o Tribunal de Justiça reduziu a pena para 21 anos.
No dia 16 de abril de 2019, um júri popular também condenou o ex-pastor
evangélico Gilson Neudo Soares do Amaral e o comerciante Lailson Lopes,
o ‘Gordo da Rodoviária’. Ambos pegaram 14 anos de prisão por homicídio duplamento qualificado.
G1/RN
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