Riamburgo Ximenes tem o Jalapão pela frente no Rally dos Sertões
O rali manteve o ritmo de exigência em alta,
ontem, mas pegou mais leve às vésperas de uma maratona. É que até aqui
quatro etapas foram realizadas e enquanto você lê esta matéria,
acredite, pilotos e navegadores estão acelerando rumo a dois dias de
competição sem nenhum apoio mecânico. É que um rali como o Sertões é
feito de dificuldades diárias, por vezes crescentes, e todas sempre
desafiadoras.
A edição deste ano é um resgate às raízes de uma prova que tem por
premissa ser dura, criada para forjar homens e mulheres a vencerem a
eles mesmos. E em 27 anos de história, se há um lugar que quando entra
no roteiro todos comemoram e "tremem" é o Deserto do Jalapão. Seguindo a
máxima de quão pior, melhor. O Jalapão debutou no Sertões em 2000, e
ninguém esquece daqueles que ficaram dias perdidos lá dentro.
Obviamente, navegar por GPS hoje, 19 anos depois, é bem mais seguro, mas
a areia pesada e os caminhos cruzados, confusos, seguem imutáveis.
"Tudo será decidido nessas duas pernas da etapa maratona. Serão 475km
daqui de Porto Nacional até São Félix, onde chegaremos e entraremos em
parque fechado e deixaremos nosso UTV. Ninguém pode mexer em nada.
Somente no dia seguinte, antes de largar teremos meia hora de tempo para
ajustes básicos feitos pelos pilotos e competidores de cada veiculo",
explicou Riamburgo Ximenes.
George Ximenes fechou o dia em 11º na geral e chega à etapa maratona
com seu UTV sem problemas. "Levaremos conosco algumas peças e
ferramentas. Todos os competidores precisam conhecer bem mecanicamente
seus veículos e treinar trocas básicas".
Nos quadriciclos, Marcelo de Medeiros lidera. Mas, para Wescley
Dutra, a maratona também será decisiva. "Preciso ser estratégico e saber
o momento certo de acelerar e o de aliviar, porque o Jalapão não perdoa
erros", finalizou ele.
Enquanto nos UTVs, a briga ferve, com Bruno Varela e Gustavo
Bortolanza reassumindo a liderança, nas motos, Tunico Maciel segue firme
em 1º. Nos carros, Christian Baumgart e Beco Andreotti estão colados em
Guilherme Spinelli e Youssef Haddad e Lucas Moraes e Kaique
Bentivoglio.
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