No
Nordeste do Brasil, as condições favoráveis do vento levaram a produção
de energia eólica a bater um recorde. Quase 90% da energia consumida na
região agora são gerados por essa fonte renovável.
Os
ventos nunca foram tão favoráveis. Empurrado pelos geradores eólicos, o
Nordeste bateu três recordes neste mês. Na última segunda-feira (26),
89% de toda a energia consumida na região vieram dos ventos.
O
índice superou dois outros recordes que aconteceram num intervalo de dez
dias neste mês. É o resultado do crescimento do setor eólico, que já
representa 9% de toda a capacidade de geração de energia elétrica do
país.
No
segundo semestre do ano as chuvas diminuem na maior parte do Nordeste,
deixando os reservatórios mais escassos pra produção de energia
hidrelétrica. Mas, é justamente neste período que os ventos estão mais
intensos, compensando os consumidores com a energia eólica em plena
potência.
O bom
resultado também é consequência do aumento na quantidade de parques
eólicos. Em um ano, 81 foram inaugurados no país, como em Ubajara, no
Ceará.
Os
novos parques têm aerogeradores mais modernos e potentes. Acabam gerando
também mais empregos. O mantenedor Sávio Alves nunca precisou sair de
onde mora pra trabalhar na área.
"Passei
um tempo aqui na região montando aerogerador e depois surgiu a
oportunidade de trabalhar na subestação e já vai fazer dois anos que eu
tô aqui nessa subestação trabalhando agora", conta o mantenedor.
Já o Igor Santos Silva trocou o trabalho de contador em São Paulo pela gerência de uma usina eólica no Ceará.
"Vim
pela oportunidade que a geração no Nordeste me possibilitou, me concedeu
de conhecer o segmento e poder contribuir com meu conhecimento aqui na
região", conta o gerente financeiro.
E
quando o Nordeste gera muita energia eólica, distribui para outras
regiões. Principalmente para o Sudeste, onde o consumo é maior. Um sopro
de alívio pra economia e para o meio ambiente.
"Isso
tem uma importância, primeiramente econômica pro Nordeste, também pro
próprio sistema elétrico porque o operador vai escolher uma energia mais
barata, ela não tem o custo do combustível. E também a questão
estratégica de poder incentivar cada vez mais a geração de energia
limpa", diz o coordenador do núcleo de Energia do Fiec, Joaquim Rolim.
*Com informações do Jornal Nacional
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